O influente jornal The New York Times
publicou um editorial sobre a Venezuela, em que tacha o país
sul-americano de "autoritário Estado pária", imerso em uma crise que o
transforma em uma "urgente bomba-relógio".
Com o título, "Iminente choque na
Venezuela", o jornal nova-iorquino afirmou que o país petroleiro "deve
ser chamado pelo o que é: um Estado pária corrupto e autoritário que se
transformou na mais urgente bomba-relógio do hemisfério".
O New York Times concentrou o editorial
no anúncio na semana passada das autoridades eleitorais, que deram
sinais de que o referendo revocatório contra o presidente Nicolás Maduro
não será realizado neste ano, como exige a oposição.
"Dificilmente foi uma surpresa, mas coloca a Venezuela em uma perigosa -e evitável- rota de colisão", disse o jornal.
Se Maduro for afastado antes de 10 de
janeiro de 2017, novas eleições devem ser convocadas, mas se for depois
disso, o vice-presidente completará os dois anos restantes de mandato.
O jornal também ressaltou a severa
situação econômica, criticando Maduro por não reconhecer a "necessidade
de uma mudança drástica" e "continuar culpando a destruição do país por
uma conspiração entre os Estados Unidos e a oposição.
"Evitar um confronto entre o governo
venezuelano e aqueles que tentam tirar Maduro, que pode tornar-se
violento, precisará de apoio internacional aos cidadãos comuns, que
lutam para derrubar um líder despótico", acrescentou o jornal americano,
que lembra que até agora os líderes da região só ofereceram "lugares
comuns, pedindo o diálogo e o respeito aos direitos humanos".
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