quinta-feira, 28 de abril de 2016

Coreia do Norte fracassa em novo teste de míssil intermediário feito às pressas, diz Seul

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 SEUL (Reuters) – A Coreia do Norte disparou o que parece ser um míssil de alcance intermediário nesta quinta-feira, mas o artefato caiu segundos após o lançamento de teste, informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, no segundo fracasso do tipo às vésperas do congresso do partido governista na semana que vem.


 A isolada Coreia do Norte vem realizando uma série de lançamentos de mísseis, em violação a resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), e testes de tecnologia militar antes do congresso do Partido dos Trabalhadores, que começa em 6 de maio, e aparentemente o disparo desta quinta-feira foi feito às pressas, de acordo com um especialista de defesa de Seul.

 Uma autoridade do Ministério da Defesa sul-coreano disse à Reuters que o lançamento, ocorrido por volta das 6h40 do horário local nas proximidades de Wonsan, cidade da costa leste norte-coreana, parece ter sido de um míssil Musudan, que tem alcance de mais de 3 mil quilômetros.

 “Eles estão com pressa para mostrar algo que deu certo, para cumprir o cronograma de um evento político, o congresso do partido”, disse Yang Uk, pesquisador veterano do Fórum de Defesa e Segurança da Coreia e conselheiro de formulação de políticas da Marinha sul-coreana.

 “Eles precisam ter sucesso, mas continuam fracassando. Não tiveram tempo suficiente para consertar ou modificar tecnicamente o sistema, simplesmente o dispararam porque estavam com pressa”, afirmou.

 O aparente fiasco desta quinta-feira marca mais um revés para o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un. Um lançamento de míssil semelhante realizado em 15 de abril, aniversário de seu avô e fundador da nação, Kim Il Sung, explodiu, o que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos classificou como um fracasso “incendiário, catastrófico”.

 Alguns especialistas haviam previsto que a Coreia do Norte esperaria até descobrir o que deu errado no lançamento anterior do míssil Musudan antes de tentar novamente, um processo que poderia levar meses e um sinal de que o disparo desta quinta foi apressado.

 Mas, na terça-feira, a agência de notícias sul-coreana Yonhap relatou que Pyongyang parecia estar preparando o segundo disparo de um Musudan, que teoricamente tem capacidade de atingir qualquer parte do Japão e o território norte-americano de Guam. De acordo com a Coreia do Sul, o míssil jamais foi bem sucedido nos testes de voo.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

EUA enviam caças F-22 ao leste da Europa para tranquilizar aliados da Otan temerosos da Rússia



 Os Estados Unidos iniciaram sua maior mobilização de caças F-22 na Europa com uma visita ao Mar Negro para a realização de um exercício, cuja meta é reforçar o apoio militar aos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no leste europeu que dizem enfrentar agressões da Rússia.
 
Em 2014, o presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu fortalecer as defesas dos membros da Otan do leste da Europa que se assustaram quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e o Kremlin usou forças pró-Moscou no leste da Ucrânia.

Um avião de reabastecimento KC-135 dos EUA voou com dois caças F-22 Raptor da Grã-Bretanha à base aérea Mihail Kogalniceanu, na Romênia, disse um repórter da Reuters que acompanhou a missão.

Os EUA enviaram doze F-22s --que são quase impossíveis de detectar com radares e tão avançados que o Congresso norte-americano proibiu a empresa Lockheed Martin de vendê-los no exterior-- para Lakenheath, base britânica localizada no leste da Inglaterra.

O Ocidente está procurando aumentar a defesa de seu flanco do leste e tranquilizar os membros da Otan na região, que passaram décadas sob domínio russo, mas sem provocar o Kremlin com o posicionamento de grandes forças de forma permanente.

Mesmo assim as tensões estão aumentando, e a Rússia diz que o reforço da Otan está dando combustível para uma situação perigosa. Dois aviões de guerra russos realizaram simulações de manobras de ataque perto de um destróier lançador de mísseis teleguiados dos EUA no Mar Báltico no início de abril, afirmaram autoridades norte-americanas, segundo as quais a embarcação realizava tarefas rotineiras perto da Polônia.

Obama garanta apoio militar ao leste europeu

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ratificou neste domingo sua decisão de enviar tropas ao leste da Europa e ressaltou a importância de os membros da OTAN aumentarem seus orçamentos de defesa perante as "pressões" do sul, a "agressiva" postura da Rússia e sua "enorme despesa" militar.
 
Em entrevista coletiva em Hannover, na Alemanha, após uma reunião bilateral com a chanceler alemã, Angela Merkel, Obama se referiu à próxima reunião da OTAN que será realizada em julho na Polônia e defendeu "manter uma Aliança forte" para garantir a defesa coletiva. Neste contexto, lembrou o anúncio feito por seu governo para desdobrar forças rotatórias no leste da Europa, incluindo os países bálticos.

"Temos a obrigação de defender todos os aliados e faremos isso", manifestou.

Obama lembrou também a declaração adotada na última cúpula, realizada no País de Gales em 2014, onde os aliados se comprometeram a avançar rumo ao objetivo de destinar 2% do PIB ao orçamento de defesa em no máximo dez anos.

Em sua opinião, é importante trabalhar esse objetivo para "manter a capacidade de defesa para prevenir guerras" e estar em condições de "lançar um sinal forte" de que a Aliança é capaz de fazer frente aos novos desafios enfrentados pela Europa e por todo o mundo.

Turquia vai instalar baterias antimísseis dos EUA na fronteira com a Síria

A Turquia chegou a um acordo com os Estados Unidos para instalar e, maio baterias antimísseis americanas na fronteira com a Síria, para enfrentar os ataques cada vez mais frequentes do grupo Estado Islâmico (EI), anunciou ministro das Relações Exteriores.

"Chegamos a um acordo para instalar do lado turco da fronteira (mísseis antimísseis) HIMARS (High Mobility Artillery Rocket System)", afirmou o chanceler Mevlüt Cavusoglu ao jornal Habertürk.

Desde o início do ano, quase 40 foguetes disparados de zonas na Síria controladas pelo EI mataram 17 civis na localidade turca de Kilis (sudeste), segundo o governo de Ancara.

No domingo, um ataque com foguetes deixou dois mortos e 25 feridos nesta cidade, que recebe muitos refugiados sírios.

As baterias HIMARS podem ser instaladas em locais distintos graças a sua mobilidade e são muito eficientes por ter um alcance de 90 km, contra os 40 km da artilharia turca que bombardeia as posições extremistas após cada ataque contra seu território.


Aviação de Caça Brasileira



 22 de abril de 1945. O céu amanheceu encoberto na base brasileira em Pisa, na Itália. A aparente calmaria na pista de decolagem escondia o intenso movimento do 1° Grupo de Aviação de Caça nos últimos dias. Sob o comando do major Nero Moura, os pilotos se preparavam para mais um dia de combate, sendo que aquele dia ficaria especialmente marcado para sempre com o maior número de surtidas diárias e os melhores resultados obtidos.

 Passava das 8 horas, quando o ronco do primeiro P-47 ecoou pela pista de decolagem de Pisa. Em terra, o ritmo de preparação continuava acelerado para dar conta das demais missões planejadas para aquele dia. Contrapondo-se à frenética rotina, pairava um clima de preocupação evidente, pois as estatísticas em combate indicavam pelo menos três aeronaves abatidas por mês. Pouco antes do meio-dia, começavam a voltar as primeiras esquadrilhas, sem nenhuma baixa.

1945, batismo de fogo na Itália do 1ºGAvCa durante a II Guerra Mundial. (Imagem: Arquivo Histórico da FAB)

Em todas as saídas, os pilotos despejavam suas bombas em pontos estratégicos e passavam a procurar alvos de oportunidade, como colunas de tanques e transportes de suprimentos.

A última missão do dia foi a mais dramática. Das quatro aeronaves, três retornaram. Ao mergulhar sobre um alvo, seguindo seu líder, um dos pilotos foi atingido e teve que saltar de paraquedas, ficando desaparecido até o final da guerra.

Essas emoções incomparáveis foram vividas por jovens pilotos brasileiros, heróis que honraram o nome do Brasil e da então jovem Força Aérea Brasileira.

Após o fim da guerra e retorno para casa, o desafio passou a ser a implantação e o desenvolvimento da Aviação de Caça no Brasil, que foi cumprido com a mesma determinação dos dias de conflito.

1953, Gloster Meteor,o primeiro caça a jato da FAB (Imagem: Arquivo Histórico FAB)
O tempo passou e o Trator Voador, que tanto tiro levou e que muita bomba despejou contra as forças oponentes nos céus italianos, já não acompanhava a evolução tecnológica vivida no mundo inteiro.

A máquina mudou. Os valores não. Deste então já foram formados mais de 1.600 novos caçadores. Todos herdaram a vibração, o profissionalismo, a coragem e a paixão pelo desafio e pela Aviação de Caça.

Hoje, os jovens caçadores recém-formados na Academia da Força Aérea têm seu batismo inicial na aeronave A-29 Super Tucano, aprendendo a empregá-la como plataforma d´armas, no cumprimento das mais diversas ações de Força Aérea.

1973, Mirage III, a FAB entra na era supersônica. (Imagem: Arquivo Histórico FAB)
Após adquirir a experiência necessária são selecionados para voar a primeira linha da Aviação de Combate, desta feita no comando de máquinas velozes e com tecnologia embarcada de última geração, as quais, em caso de ameaça externa à soberania e à independência nacionais, serão as primeiras a cruzarem as linhas inimigas e enfrentarem qualquer tipo de desafio para garantir a paz às famílias brasileiras.

Refiro-me às aeronaves A-1M, capazes de conduzir grande quantidade de armamento e adentrar em profundidade no território inimigo para atingir os objetivos estratégicos com precisão.

Do mesmo modo, ressalto a capacidade das aeronaves F-5M, equipadas com mísseis de longo alcance utilizados em Combates Além do Alcance Visual, responsáveis por garantir soberania do espaço aéreo brasileiro, impedindo que vetores hostis invadam as nossas fronteiras territoriais.

2016, F-5M, espinha dorsal da aviação de caça da FAB (Imagem: Agência Força Aérea)
Como parte indispensável do seu constante processo de renovação e aperfeiçoamento tecnológico, aguarda-se a chegada das aeronaves Gripen NG, que, por sua característica multimissão, serão capazes de elevar o Brasil a um patamar mais alto de poderio militar, mantendo a sua singular importância no cenário da América do Sul e também no mundo.

A evolução continuada da Aviação de Caça tem permitido a a produção de doutrinas mais eficientes e criado uma espiral operacional de conhecimento e de capacidades que impulsionam cada militar para a profissionalização da Força, dando continuidade ao que foi ensinado por aqueles jovens combatentes nos céus da Itália.

Hoje, vivemos um estimulante desafio com a implantação da “Força Aérea 100”, cuja premissa básica aponta para uma organização mais ágil e mais eficiente, tanto no planejamento quanto na execução das suas atividades, adequando-se às prováveis limitações de recursos e às incertezas do ambiente externo, sem perder qualidade no cumprimento de sua missão constitucional.

E entre todos os benefícios, o avanço da fronteira tecnológica será o diferencial da FAB no futuro, em cooperação com as demais Forças Armadas Brasileiras, para que a capacidade operacional seja incrementada ao máximo.

Em 2041, no seu centenário, a Força Aérea terá muito o que comemorar, operacional e administrativamente. E nada seria possível se não fosse a determinação, o profissionalismo e a coragem de cada militar para enfrentar os novos desafios que se descortinam. Tais características, tão peculiares aos pilotos de caça, foram herdadas dos heróis brasileiros da campanha na Itália e sempre serão a base dos valores dessa gloriosa aviação.

2019, F-39 (Gripen NG), o futuro caça da Força Aérea Brasileira. (Imagem: Agência Força Aérea)

As experiências do 1º Grupo de Aviação de Caça, originadas em tempo de guerra e transmitidas por gerações de pilotos, influenciaram significativamente as formulações doutrinárias ora praticadas. O alto padrão de eficiência e eficácia, mantidos todos esses anos, demonstram que em cada componente desta aviação ainda vive o espírito heroico dos seus antecessores. Pioneiros que viveram intensas emoções e que fizeram a diferença no marcante dia 22 de abril de 1945.

 Fonte: http://tecnodefesa.com.br/

Comunistas russos propõem o deslocamento de lançadores de foguetes para Cuba

 Dois membros do Partido Comunista da Rússia enviaram um pedido às autoridades do seu país propondo a reabertura da estação de intercepção de sinais em Lourdes, Cuba, e de deslocamento de lançadores de foguetes múltiplos russos para a ilha como resposta às ações dos EUA.

Lançadores de foguetes múltiplos russos
lançadores de foguetes múltiplos Russos
 A iniciativa dos parlamentares russos é considerada como uma resposta ao acordo entre os EUA e a Turquia sobre o deslocamento de sistemas de lançadores múltiplos de foguetes (HIMARS) de alta mobilidade na parte sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria.

 A nota do Ministério das Relações Exteriores da Turquia sobre a instalação de sistemas HIMARS na Turquia foi publicada pela Reuters em 26 de abril deste ano.

"As características técnicas dos foguetes HIMARS permitem usá-los, segundo os dados disponíveis, para atingir alvos à distância até 500 km. Por isso, eles representam uma ameaça séria para os aliados da Rússia no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) como, por exemplo, a Armênia", afirmaram os parlamentares.

 Como resposta simétrica, os deputados apresentaram a proposta de deslocar para Cuba sistemas de lançadores múltiplos de foguetes russos de potência igual ou superior ao HIMARS e a reabertura da estação de intercepção de sinais na ilha, fechada em 2002. A estação da intercepção radioeletrônica, localizada em Lourdes, perto da Havana, era uma instalação muito importante para a inteligência soviética na época da URSS.
 
 Durante a Crise dos Mísseis de Cuba, a resposta da URSS permitiu impedir a implantação de mísseis estadunidenses na Turquia, recordaram os deputados comunistas.

"Nós podemos usar a experiência soviética para conter as intenções expansionistas dos Estados Unidos hoje", observaram os parlamentares.

Fonte: Sputnik

Explosão atinge área perto da mesquita central em Bursa, na Turquia

A explosão acorreu próximo à mesquita central da cidade turca de Bursa.


O local da explosão perto da mesquita central da cidade turca de Bursa, Turquia, 27 de abril de 2016

 Em resultado da explosão foram feridas pelo menos seis pessoas, segundo o canal turco NTV. Para o local da explosão foram enviados veículos dos serviços de emergência.

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 A causa da explosão ainda não está clara. A polícia cercou o local da explosão. Segundo o canal turco, a explosão provocou pânico.

Ver imagem no Twitter

Segundo as informações mais recentes, 1 pessoa foi morta e 7 ficaram feridas em resultado da explosão.

Fonte: Sputnik

PROSUB avanço na construção do segundo submarino convencional

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Chegada da seção S3 do S-BR2 na ICN


 A Marinha avançou em mais uma etapa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). No início do mês de abril, a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (NUCLEP) concluiu a entrega a Itaguaí Construções Navais (ICN) das duas seções de vante do casco resistente do S-BR2, o Submarino “Humaitá”.

Seções S3 e S4 de vante do S-BR2 na ICN
Seções S3 e S4 de vante do S-BR2 na ICN


 O casco resistente do SBR-2 é o primeiro, com tecnologia francesa, integralmente produzido no Brasil. A prontificação das seções S3 e S4 marca o início de uma série de entregas programadas que será concluída até o final deste ano.

 O programa prevê o projeto e a construção de uma infraestrutura industrial e de apoio à operação de submarinos; a construção de quatro submarinos convencionais; e o projeto e construção do primeiro submarino com propulsão nuclear brasileiro.

Fonte: CCSM

terça-feira, 26 de abril de 2016

EUA admitem possibilidade de ataque nuclear preventivo contra Coreia do Norte

Os Estados Unidos não excluem a possibilidade de usarem armas nucleares contra a Coreia do Norte, informou a agência sul-coreana Yonhap, citando Robert Einhorn, ex-conselheiro de controlo e de não-proliferação de armas no Departamento de Estado dos EUA.

 

Míssil ar-terra norte-americano Hellfire
missil ar-terra norte-americano Hellfire
 
“Uma das razões por que não excluem isso é a existência potencial de ameaça à Coreia do Sul por parte dos norte-coreanos”, disse o político americano.

Segundo ele, Washington nunca seguiu o princípio de “não usar as armas nucleares em primeiro lugar”.

“Então, os EUA dizem que estão prontos, se for necessário, a usar em primeiro lugar as armas nucleares, na Europa ou na Ásia Oriental, a fim de apoiar a Coreia do Sul e o Japão. Isto permanece na política americana”, disse Einhorn na conferença “Asan Plenum 2016” em Seul.

A Coreia do Norte também declarou que está pronta a realizar um ataque preventivo contra os EUA e a Coreia do Sul em caso de qualquer ameaça. Neste momento, Pyongyang terminou os preparativos para o quinto teste nuclear.

Em janeiro, a Coreia do Norte realizou o quarto teste de armas nucleares, lançando em fevereiro um míssil que pode atingir, segundo avaliações, alvos na distância de 12 mil quilômetros. Em resposta, o Conselho da Segurança da ONU aprovou diferentes sanções para fazer Pyongyang cessar qualquer desenvolvimento das armas nucleares.
 
Entretanto, o líder coreano Kim Jong-un ordenou preparativos para novos testes de mísseis e  foguetes “no futuro próximo”, de maneira a garantir a segurança contra a agressão de inimigos.

Fonte: Sputnik

Caça F-22 pode se tornar caro demais para os EUA

 Especialistas militares estão estudando a viabilidade econômica de continuação da fabricação do caça F-22. O custo de sua operação e manutenção pode ser demasiado para a Força Aérea dos EUA (USAF na sigla em inglês), escreveu James Hasik para o Conselho do Atlântico.

 

F-22 Raptor
F-22 Raptor

 
 Os Estados Unidos planejam reiniciar a produção do caça F-22 a partir do próximo ano, após um interregno de cinco anos. Em 2009, após a decisão do anterior secretário de Defesa Robert Gates, a produção do F-22 foi encerrada depois de fabricação de apenas 187 unidades dos 749 originalmente encomendados.

Algumas revistas de defesa dos EUA já estão discutindo a viabilidade econômica do reinicio da produção do caça F-22. Alguns argumentam que a Força Aérea dos EUA deve ter mais caças F-22, devido à sua vantagem técnica em comparação com outros aviões de combate, como o F-35A.
Outros dizem que os custos do F-22 para a Força Aérea estadunidense são excessivos.

"O maior problema é económico, e relacionado não somente com os custos de reinício de produção do caça. Operar um F-22 É muito caro e na USAF sabem disso", escreveu James Hasik, pesquisador sênior de segurança
internacional do Brent Scowcroft Center para o Conselho do Atlântico.

De acordo com a revista norte-americana, o custo médio de uma hora de voo do F-22 é US$ 68 mil (cerca de R$240 mil), enquanto do F-16 é quase três vezes menos — US$ 22 mil (cerca de R$ 78 mil).
 O que é mais interessante é que o custo operacional do F-22 será ainda maior do que do novo F-35, que vai custar por volta de US $ 42.000 (cerca de R$ 78 mil) por hora.
 Em meio desta polêmica, o governo dos EUA enviou dois caças F-22 Raptors para a base aérea na Roménia, para conter a assim chamada “agressão russa”.

"Hoje, eu gostaria de destacar que essa ação pode ser considerada como uma demonstração do nosso pleno apoio à Roménia e ao resto dos nossos aliados da OTAN", disse o tenente-general Timothy Ray em um comunicado da imprensa da Força Aérea dos EUA. "A Roménia é um dos nossos aliados mais importantes", acrescentou ele.

O avião F-22 foi projetado como um caça de superioridade aérea, mas também pode ser usado para bombardeamento, guerra eletrônica e reconhecimento aéreo. A empresa Lockheed Martin era o principal comprador dos caças F-22.

Fonte: Sputnik

Japão bate recorde de envio de aviões para conter China e Rússia

 Segundo a Força de Autodefesa Aérea do Japão, no ano passado foram enviados 571 caças japoneses para impedir aviões militares chineses de se aproximarem do espaço aéreo japonês no mar da China Oriental.


Uma das ilhas pequenas no mar da China Oriental conhecido como Senkaku no Japão e Diaoyu na China (foto de arquivo)

A Força de Autodefesa Aérea do Japão acompanhou a maior parte das atividades dos chineses no mar da China Oriental perto das ilhas desabitadas, conhecidas como Senkaku no Japão e Diaoyu na China, que são reclamadas por ambos os países, informou o The Japan Times. Recentemente observou-se um reforço da presença da China entre as ilhas de Okinawa e Miyako.

Mais cedo, a China expressou preocupações sobre a nova legislação na área da segurança, que permite às Forças de Autodefesa do Japão envolver-se em conflitos armados no estrangeiro, o que acontecerá pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Esperamos que a parte japonesa aprenda a lição difícil da História, siga o caminho de desenvolvimento pacífico, atue com cautela nos assuntos militares e de segurança e faça mais para reforçar a confiança mútua com os seus vizinhos e para melhorar a paz e estabilidade regional”, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, citado pela agência Xinhua.

Algumas preocupações surgiram também em resposta às informações de que o Japão teria ligado um radar na ilha de Yonaguni, na prefeitura de Okinawa. O novo regimento das Forças de Autodefesa do Japão fica agora somente em 150 km das ilhas disputadas.

“A nova base pode ser usada como um posto permanente de coleta de dados de inteligência, bem como uma plataforma para realizar operações militares na região, além de o reforço da presença militar de Tóquio ao longo das ilhas Yaeyama, que inclui Yonaguni“, informou a Reuters.

Como a disputa entre a China e o Japão em relação às ilhas continua, a Força de Autodefesa Aérea do Japão declarou que a China está modernizando a sua Força Aérea e pretende melhorar as suas capacidades de combate. A China tem negado repetidamente que reclama ilhas com intenções militares.

Entretanto, o número de missões para conter a aviação chinesa aumentou e o número de missões para interceptar aviões russos baixou. Segundo a publicação eletrônica The Diplomat, em 2015 houve 873 missões, inclusive 288 contra aviões russos. No ano precedente, o Japão havia enviado aviões 943 vezes, inclusive 473 em resposta a incursões russas.

Fonte: Sputnik

O teste do novo SLBM norte-coreano (Vídeo)

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Foi noticiado pela agência de notícias estatal da República Popular Democrática da Coreia (RPDC – Coreia do Norte) que o novo teste do míssil balístico lançado por submarino (SLBM) foi conduzido para confirmar a estabilidade do sistema de lançamento subaquático em profundidade máxima, com um novo motor-foguete usando combustível sólido.

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 Aqui o mais interessante é que se pensava, anteriormente, que o SLBM norte-coreano havia sido projetado com motor-foguete usando combustível líquido, mas a julgar pelo fogo do foguete e sua espessa fumaça cinza-esbranquiçada, parece que o motor-foguete realmente usava combustível sólido, tal como reivindicado.

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O comentário do Sul

 Um representante da Junta de Chefes do Estado-Maior da Forças Armadas da República da Coreia (RoK – Coreia do Sul), que pediu para não ser identificado, emitiu um esclarecimento sobre o lançamento do Norte. Ele disse que o lançamento foi realizado às 18:30 hora de Seul (12:30 em Moscou – comentário da “Rossiyskaya Gazeta”). Nas águas do Oriente (Mar do Japão), a partir da cidade de Sinpo, na área ao sul da província de Hamgyong, há uma área de lançamento localizado ao nordeste da cidade, que também é conhecida por ter uma grande base dos submarinos da RPDC.

Kim Jong un “De acordo com nossos dados, foi lançado um míssil balístico de um submarino, tendo voado por cerca de 30 km”, disse o oficial.


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Kim Jong Un -3 Entre outros detalhes: o foguete voou por vários minutos, e surpreendentemente foi utilizada tecnologia de lançamento a frio. É provável que o teste tenha ocorrido usando uma sub-classe do submarino classe , que tem um deslocamento de 2.000 toneladas, e não de uma balsa não-submersa. Se esta informação for confirmada, ela também é um passo significativo para o programa de mísseis da Coréia do Norte.

SLBM SUB


 Há quatro meses, a Coreia do Norte tentou realizar o mesmo lançamento, mas não houve êxito. De acordo com os militares do Sul, os engenheiros da Coreia do Norte levaram em conta os resultados da falha anterior e eliminaram os defeitos. Agora, o foguete voou, e os motores funcionaram por tempo suficiente.


SLBM SUBMARINO

 Segundo o representante da Junta de Chefes do Estado-Maior da Forças Armadas, no entanto, devemos notar que o foguete completo lançado pelo submarino deve voar pelo menos 300 quilômetros, e somente então poderão ser colocados em produção.







SLBM SUB COMEMORAÇÃO



FONTE: Live Journal

Como a Coreia do Norte paga por seu sofisticado programa militar?

O “isolado reino” da Coreia do Norte é um caldeirão de contradições

armas nortecoreanas
Governo norte-coreano vem intensificando embates políticos com potências ocidentais  

 O país é vizinho de várias das economias mais dinâmicas do mundo, incluindo a próspera Coreia do Sul, mas sua população sofre com toda sorte de privações.

 Em meados do século 20, a Coreia do Norte era um dos países mais industrializados da Ásia. Mas, hoje, é visto como um desastre econômico. E, enquanto as condições de vida de seus cidadãos são precárias, o governo anuncia programas de desenvolvimento de sofisticados sistemas de armamento, inclusive de foguetes de longo alcance e bombas atômicas.

 A Coreia do Norte reforça que o recente lançamento de um foguete é parte de um programa de exploração espacial, enquanto as potências ocidentais alegam se tratar de uma tentativa de desenvolver mísseis capazes de atingir alvos distantes.

 De qualquer forma, são poucas as nações da Terra capazes de conceber tecnologias avançadas e tão caras. Mas como a Coreia do Norte financia essas atividades?

Exportação e investimento

 Em primeiro lugar, são necessárias divisas internacionais. Muitos estão de acordo que a Coreia do Norte fez importantes aquisições de tecnologia no exterior, em certos casos com fins militares.

 E, apesar de ser um dos últimos países do mundo a manter uma economia centralmente planificada, ao modo stalinista, Pyongyang ainda consegue desenvolver um setor exportador. Em sua página na internet, a CIA, a agência de inteligência americana, estima o tamanho da economia norte-coreana em torno de US$ 40 bilhões (R$ 160 bilhões), similar ao PIB de Honduras ou do Estado brasileiro de Goiás.

 As exportações da Coreia do Norte somam, por outro lado, US$ 3,834 bilhões (R$ 15 bilhões), o equivalente às vendas externas de Moçambique ou das do minúsculo Estado europeu de San Marino, encravado na Itália.

 Entre os produtos destinados ao exterior, estão minério e itens manufaturados, entre eles armamentos e artigos têxteis, além de produtos agrícolas e pesqueiros. Mas como um país com uma economia de tamanho equiparável à de alguns dos países mais pobres da América Latina pode pagar por um programa nuclear?

poderio militar nortecoreano
Coreia do Norte detém um significativo poderio militar - AP

Passando fome

A resposta parece estar na natureza autoritária e centralizada do governo, que destina os escassos recursos do país a fins militares, nem que para isso seus cidadãos passem fome.

O PIB per capita da Coreia do Norte, ajustado pelo seu poder de compra, chega a US$ 1,8 mil (R$ 7,2 mil), fazendo com que o país asiático ocupe a 208ª posição entre 230 nações, nível comparável ao de Ruanda, na África, ou do Haiti, na América Central.

Na década de 1990, o país enfrentou a ameaça de uma escassez generalizada de produtos alimentícios básicos, e sua economia levou um longo tempo para recuperar-se do desastre. Foi um processo tão traumático que, até 2009, a Coreia do Norte recebeu uma substancial ajuda alimentar da comunidade internacional. Hoje, acredita-se que sua produção agrícola interna tenha melhorado.

Os clientes

E quem são os clientes dos produtos norte-coreanos?

O aliado político mais importante do país é a China, que compra 54% de sua produção. Em um inesperado segundo lugar, vem a Argélia, que é o destino de 30% das vendas do país. E, para a Coreia do Sul, vão 16% de suas exportações.

Apesar da Coreia do Norte e a nação vizinha viverem um dos conflitos militares mais longos de que se tem notícia na história, em curso desde o fim da 2ª Guerra Mundial, os dois países vêm fortalecendo os vínculos econômicos.
Kim Jong-un
Sob o comando de Kim Jong-un, o país realizou testes de foguetes controversos
 Alguns investimentos sul-coreanos se concentram em determinadas partes do pais, oferecendo ao governo norte-coreano outra valiosa fonte de divisas. O núcleo mais importante deles é o complexo industrial de Kaesong, que está diante de um futuro incerto depois de o governo de Seul anunciar a suspensão de sua participação na iniciativa, devido às crescentes tensões políticas entre ambas as nações por conta dos testes nucleares realizados pela Coreia do Norte.

A Coreia do Sul diz não querer que os recursos gerados pela zona industrial sejam usados no programa militar norte-coreano. E as sanções econômicas impostas por vários países, inclusive as mais recentes aplicadas pelo Japão, devem continuar debilitando a economia norte-coreana.

No entanto, enquanto o governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un, seguir disposto a impôr sacrifícios substanciais a seus habitantes, pode-se esperar que a Coreia do Norte continue a desenvolver seu poderio militar muito além do que seria possível esperar de uma nação com sua frágil condição econômica.

FONTE: BBC Mundo

Coreia do Norte posiciona 300 novos lança-foguetes

Kin
Kim Jong-un
A Coreia do Norte posicionou cerca de 300 plataformas de lançamento múltiplos de foguetes adicionais ao longo da linha de frente com a Coreia do Sul, armas que têm a capacidade de atingir Seul, informou neste domingo (24) o Ministério da Defesa sul-coreano.

Os serviços de inteligência sul-coreanos alertaram do último movimento militar de Pyongyang ao norte da região desmilitarizada que separa os dois países, no mesmo dia em que a Coreia do Norte anunciou que lançou com sucesso um míssil balístico a partir de um submarino.

Estas plataformas de lançamento múltiplos de foguetes com calibre de 122 milímetros têm um alcance estimado de 40 quilômetros, o que representa que a Coreia do Norte tem no seu alcance várias áreas dos arredores da capital sul-coreana.

Desde 2014, Pyongyang aumentou de forma constante seu desdobramento deste tipo de lança-foguetes ao norte do paralelo 38, segundo afirmou uma fonte sul-coreana de Defesa à agência local “Yonhap”.

 FONTE: Terra

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Potências travam nova corrida nuclear

Míssil balístico inter-continental capaz de transportar quatro ogivas nucleares desfila por Moscou, em maio de 2015 (Kirill Kudryavsev/Agence France-Presse — Getty Images)

Trata-se de uma velha dinâmica acontecendo de um jeito novo, com a retomada da competição entre a Rússia, agora em declínio econômico, a China, em ascensão, e os EUA, em situação incerta.

As autoridades americanas culpam o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que sua intransigência frustra os esforços para aprimorar um tratado de controle armamentista de 2010, o que reduziria os arsenais das duas maiores potências nucleares. Alguns culpam os chineses, que buscam uma vantagem tecnológica que lhes permita conter os Estados Unidos. E há quem culpe os EUA por acelerar uma “modernização” nuclear que, em nome da melhoria da segurança, ameaça colocar os outros países sob pressão.

O presidente Barack Obama reconheceu a situação durante a Cúpula de Segurança Nuclear em Washington. Ele alertou para o potencial de “ampliar novos sistemas, mais letais e eficientes, que acabem levando a uma nova escalada da corrida armamentista”.

Em se tratando de um presidente que assumiu o cargo falando em livrar o mundo das armas nucleares, foi uma admissão de que a política americana de reduzir o caráter central das armas nucleares pode afinal contribuir para uma segunda era nuclear. Adversários veem o quanto os EUA pretendem gastar no programa de revitalização nuclear —estimado em US$ 1 trilhão ao longo de três décadas— e usam essa cifra para justificar seu próprio armamento sofisticado.

Moscou está instalando grandes mísseis armados com ogivas miniaturizadas, e especialistas temem que o país, ao desenvolver novas armas, acabe por violar a proibição global de testes nucleares. Segundo a imprensa russa, a Marinha do país está desenvolvendo um robô destinado a espalhar uma nuvem de contaminação radioativa a partir de uma explosão subaquática, o que tornaria as cidades-alvo inabitáveis.

Os militares chineses, sob o controle do presidente Xi Jinping, estão fazendo lançamentos-testes de uma nova ogiva chamada “veículo planador hipersônico”. Ele voa até o Espaço com um míssil tradicional de longo alcance, mas então faz manobras pela atmosfera, numa trajetória retorcida a quase 2 km/s, o que pode tornar as defesas antimísseis praticamente inúteis.

O governo Obama também está testando sua própria arma hipersônica, mas uma experiência em 2014 resultou numa bola de fogo. Os lançamentos devem ser retomados no ano que vem. Os EUA também planejam adotar cinco tipos de armas nucleares aperfeiçoadas, com seus respectivos veículos de lançamento, o que leva o arsenal americano na direção de armas menores, mais precisas e menos detectáveis.

Um dos temores sobre essas novas armas é que elas poderiam minar a sombria lógica da “destruição mútua assegurada”, a doutrina da Guerra Fria segundo a qual qualquer ataque resultaria em retaliação maciça e, finalmente, na aniquilação de todos os combatentes. Embora muito debatida e muitas vezes ridicularizada, a MAD —sua sigla em inglês, que também significa “louco”— funcionou. Agora, a preocupação é que a precisão e o caráter menos destrutivo dessas novas armas aumente a tentação de usá-las.

Uma importante questão abordada por Obama é se o aperfeiçoamento bélico planejado pelos EUA não estaria estimulando essa competição —ou se a Rússia e a China estariam simplesmente usando-o como pretexto para melhorar suas armas, o que aconteceria de qualquer maneira.

Obama chegou ao poder em 2009 prometendo “redefinir” as relações com Moscou, tornar os EUA menos dependentes de armas nucleares e avançar rumo à sua eliminação. Ele foi o primeiro presidente a fazer do desarmamento nuclear uma peça central da política de defesa dos EUA.

A Rússia inicialmente cooperou, assinando em 2010 o novo tratado Start, que levou a modestas reduções nas forças nucleares estratégicas.


Naquele ano, Obama ordenou ao Exército que reduzisse de até três para um o número de ogivas instaladas sobre cada míssil terrestre. A intenção era demonstrar que esses mísseis eram mais defensivos do que de ataque.

Moscou não retribuiu. Em vez disso, começou a posicionar uma nova geração de mísseis de longo alcance com capacidade para até quatro ogivas miniaturizadas. Na cúpula deste mês, Obama disse que o retorno de Putin à Presidência russa, em 2012, impediu novas reduções de arsenal.

William Perry, que foi secretário de Defesa no governo do presidente Bill Clinton, receia que Moscou em breve se retire do Tratado Abrangente de Proibição de Testes, de 1996, e comece a aperfeiçoar novas ogivas. Há duas décadas, as principais potências nucleares observam uma precária moratória global sobre os testes, o que é um dos pilares do controle de armas nucleares. Os EUA cumprem esse tratado apesar de ele nunca ter sido ratificado pelo Senado.

Os defensores do programa americano de modernização nuclear consideram-no uma resposta razoável às agressões de Putin, especialmente a invasão da Crimeia pela Rússia em 2014.

Em fevereiro, a Casa Branca deu aval ao desenvolvimento de um míssil de cruzeiro avançado. Lançado de um bombardeiro, essa arma faz um longo voo rasante, esquivando-se das defesas antiaéreas inimigas até destruir seus alvos.

O governo também está desenvolvendo uma ogiva hipersônica própria, mas a versão americana seria não nuclear —o objetivo é que seja tão rápida e precisa que consiga destruir um alvo fixo apenas com a força do seu impacto.

Embora sejam compatíveis com o compromisso de Obama de depender menos das armas nucleares, essas inovações podem levar os adversários dos EUA a dependerem ainda mais de seus artefatos atômicos, caso não sejam capazes de se equiparar à tecnologia americana. A China já adaptou mísseis de longo alcance para que possam transportar múltiplas ogivas.

Durante décadas, Washington e Moscou mantiveram suas forças nucleares em estado de alerta elevado para que, teoricamente, as autoridades militares pudessem disparar mísseis se as redes de radares, satélites e computadores detectassem um ataque chegando. Essa tática servia para evitar que um golpe paralisante restringisse ou eliminasse a capacidade nacional de retaliar.

Críticos, no entanto, dizem que a tática do “lançamento após alerta” aumenta muito o risco de uma guerra acidental. No ano passado, os militares chineses declararam que estavam buscando “melhorar o alerta precoce estratégico” para suas forças nucleares.

Defensores do controle de armas dizem que esse campo precisa de reinvenção. Eles veem a contagem de ogivas e de veículos de lançamento —as alavancas tradicionais— como inadequada para conter o desenvolvimento das novas armas. Mark Gubrud, especialista em armas nucleares da Universidade da Carolina do Norte, tem feito lobby para a negociação de uma proibição global de voos-testes de armas hipersônicas.

“O mundo foi incapaz de colocar o gênio nuclear de volta na garrafa”, afirmou Gubrud. “E novos gênios começaram a se soltar.”


 Fonte: The New York Times

Russos vão disparar sistemas Kalibr-NK no mar Cáspio

 Duas dezenas de navios de guerra da Marinha russa começaram exercícios no mar Cáspio, informou o serviço de imprensa do Distrito Militar Sul.

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  Os militares explicaram que, no total,  participarão dos exercícios 28 navios de guerra, lanchas e navios de apoio. No mar, as tripulações efetuarão uma série de disparos de artilharia e de mísseis contra alvos marítimos, costeiros e aéreos. Os militares treinarão o uso de mísseis Kalibr-NK e de sistemas artilharia A-190 e Duet.

A primeira variante dos mísseis Kalibr foi apresentada em 1997. As caraterísticas desta arma permanecem secretas até agora. Segundo a mídia, o alcance do Kalibr contra alvos marítimos é de 375 km e, contra os terrestres, de 2.600 km.

O Kalibr foi usado pela primeira vez em condições militares durante a operação russa na Síria. Na noite de 6 para 7 de outubro de 2015, navios da Frota do Cáspio lançaram 26 mísseis 3M14 Kalibr-NK. O ataque seguinte foi realizado em 20 de novembro e, em 8 de dezembro, foi lançado o míssil 3M14 Kalibr-PL — pela primeira vez a partir do submarino Rostov-na-Donu localizado no mar Mediterrâneo. Em todos os casos, os alvos foram estruturas do Daesh e a precisão dos ataques foi de 3 metros.

FONTE: Sputnik

domingo, 24 de abril de 2016

Obama chama de ‘provocativo’ possível teste de míssil norte-coreano

 O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que Washington coopera com Pequim para pressionar Pyongyang com relação a seus testes com mísseis.

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, lidera teste de lançamento de míssil balístico feito por submarino
lançamento de míssil balístico feito por submarino

 O presidente americano, Barack Obama, rotulou como “ato provocativo” o possível lançamento de um míssil balístico realizado por um submarino norte-coreano neste sábado.
  “O que está claro é que a Coreia do Norte continua com um comportamento provocativo. Eles vêm desenvolvendo um programa nuclear, uma capacidade de lançar armas nucleares. E, embora com certa frequência esses testes falhem, eles adquirem conhecimento a cada vez que realizam um desses testes”, disse Obama em uma entrevista coletiva na cidade de Hannover, na Alemanha.

 No último sábado, os Chefes de Gabinete da Coreia do Sul declararam, segundo a imprensa local, que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico de um submarino localizado na costa leste do país. O Comando Estratégico dos EUA também relatou ter detectado o possível lançamento de um míssil por parte de um submarino norte-coreano.

 Obama disse ainda que Washington vem cooperando com Pequim para pressionar Pyongyang em relação a esses testes.

 A tensão na Península da Coreia aumentou após a Coreia do Norte realizar com sucesso um teste com uma bomba de hidrogênio em janeiro. No mês seguinte, o país colocou em órbita um satélite, violando resoluções do Conselho de Segurança da ONU. A manobra foi condenada pela comunidade internacional.

Escalação nuclear na Europa.

A Casa Branca está “preocupada” porque caças russos sobrevoaram de perto um navio estadunidense no Mar Báltico. Assim informam as agências noticiosas. Sem dizer, entretanto, de que navio se trata e por que estava no Mar Báltico.

Trata-se do USS Donald Cook, um dos navios dentre as quatro unidades lança-míseis deslocados pela Marinha dos EUA para a “defesa de mísseis da Otan à Europa”. Essas unidades, que serão aumentadas, são dotadas de radar Aegis e de mísseis interceptadores SM-3, mas ao mesmo tempo de mísseis de cruzeiro Tomahawk de dupla capacidade convencional e nuclear. Em outros termos, são unidades de ataque nuclear, dotadas de um “escudo” destinado a neutralizar a resposta inimiga.

O Donald Cook, partindo em 11 de abril do porto polonês de Gdynia, cruzou por dois dias a apenas 70 quilômetros da base naval russa de Kaliningrado, e por essa razão foi sobrevoado pelos caças e helicópteros russos. Além dos navios lança-mísseis, o “escudo” de EUA/Otan na Europa inclui, na sua conformação atual, um radar “na base avançada” da Turquia, uma bateria de mísseis terrestres estadunidenses na Romênia, composta de 24 mísseis SM-3, e uma outra análoga que será instalada na Polônia.

Moscow adverte: essas baterias terrestres, tendo capacidade de lançar também mísseis nucleares Tomahawk, constituem uma evidente violação do Tratado INF, que proíbe o deslocamento para a Europa de mísseis nucleares de médio porte.

Locais conhecidos das instalações de armas nucleares da OTAN e da Rússia na Europa.


Que fariam os Estados Unidos – que acusam a Rússia de provocar com os sobrevoos « uma escalada inútil de tensões» – se a Rússia enviasse unidades lança-mísseis ao longo das costas estadunidenses e instalasse baterias de mísseis em Cuba e no México?

Ninguém pergunta sobre isso na grande mídia, que continua a mistificar a realidade. Última novidade escondida: a transferência de F-22 Raptors, os mais avançados dos caças bombardeiros estadunidenses de ataque nuclear, da base de Tyndall na Flórida à de Lakenheath na Inglaterra, anunciada em 11 de abril pelo Comando europeu dos Estados Unidos. Da Inglaterra os F-22 Raptors serão “deslocados para outras bases da Otan, em posição avançada para maximizar as possibilidades de treinamento e exercer uma dissuasão em face de qualquer ação que desestabilize a segurança europeia”.

Trata-se da preparação para o iminente deslocamento para a Europa, incluindo a Itália, das novas bombas nucleares estadunidenses B61-12 que, lançadas a cerca de 100 quilômetros de distância, atingem o objetivo com uma ogiva “de quatro opções de potência selecionáveis”. Esta nova arma entra no programa de potencialização das forças nucleares, lançado pela administração Obama, que prevê entre outras coisas a construção de 12 submarinos de ataque suplmentares (7 bilhões de dólares a unidade, estando o primeiro já em canteiro de obras), cada um armado com 200 ogivas nucleares.

O New York Times informa (17 de abril) que está em curso o desenvolvimento de um novo tipo de ogiva nuclear, o “veículo flutuante hipersônico” que, ao retornar à atmosfera, manobra para evitar os mísseis interceptadores, dirigindo-se para o objetivo a mais de 27 mil quilômetros por hora. A Rússia e a China seguem, desenvolvendo armas análogas.

Durante esse tempo, Washington colhe os frutos. Tranformando a Europa em primeira linha do confronto nuclear, sabota (com a ajuda dos próprios governos europeus) as relações econômicas entre a União Europeia (UE) e a Rússia, com o objetivo de ligar indissoluvelmente a UE aos EUA por intermédio do TIP. Impulsiona ao mesmo tempo os aliados europeus a aumentar a despesa militar, para lucro das indústrias bélicas estadunidenses cujas exportações aumentaram 60% nos últimos cinco anos, tornando-se o mais forte setor das exportações estadunidenses.


Quem disse que a guerra não paga?




 Fonte:dinamicaglobal
 

sábado, 23 de abril de 2016

FAB coloca à venda caças Mirage 2000 desativados

O Mirage 2000 voaram com a FAB entre 2005 e 2013 (FAB)
O Mirage 2000 voaram com a Força Aérea Brasileira entre 2005 e 2013 (FAB)  

 Desativados pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 2013, os caças Dassault Mirage 2000 foram colocados à venda nesta semana. Ao todo, a FAB planeja vender oito das 12 aeronaves desse tipo que possui, além de um série de equipamentos e peças dos modelos. Em contato , o porta-voz da FAB revelou que as quatro unidades restantes ficarão no Brasil e serão preservadas.

 A negociação das aeronaves e componentes está sendo realizada na Inglaterra pelo BACE, sigla em inglês para “Comissão Brasileira de Aeronáutica na Europa”. Como mostram os documentos oficiais, a oferta minima por cada caça é de US$ 2,5 milhões. Esses aviões ainda são valiosas fontes de peças de reposição para os Mirage 2000 que ainda voam.

 A venda do material, mesmo desativado, ainda precisa de aprovação do governo francês, que pode barrar as intenções oriundas de países não aliados. Os caças e componentes estão armazenados na base da FAB em Anapólis (GO).

 O Mirage 2000 ainda voa nas forças aéreas de países como Emirados Árabes Unidos, Egito, Peru, Índia, Grécia, além da própria França, com mais de 300 aeronaves ativas. A aeronave foi fabricada pela Dassault Aviation entre 1978 e 2007, chegando a 601 unidades produzidas.

 O caça francês é até hoje o avião mais potente que já operou com a FAB. O Mirage 2000 usado no Brasil podia voar a mais de 2.500 km/h (mais de duas vezes a velocidade do som).

O Mirage 2000 foi durante muitos anos um dos caças mais rápidos do mundo (FAB)
O Mirage 2000 continua sendo um dos aviões mais rápidos do mundo: passa dos 2.500 km/h (FAB)

O Mirage 2000 foi uma solução de emergência adotada pela FAB após a desativação dos Mirage III, em 2005, e enquanto decidia a definição do programa FX-2, para aquisição de novos caças. Nessa época, o caça francês Dessault Rafale era considerado o favorito na disputa, que ainda tinha o Boeing F/A-18 Hornet e o Saab Gripen NG, que foi o escolhido.

Fonte: Airway

Caças Su-30 russos atiram contra caças israelenses na Síria.

 Caças Su-30 da Força Aérea russa dispararam duas vezes contra caças israelenses F-15, de acordo com o jornal israelense Yediot Aharonot.

 O jornal não mencionou datas ou locais para este incidente ou se os aviões israelenses foram atingidos.

Caças F-16 da Força Aérea israelense.


De acordo com o site israelense Debka, o incidente aconteceu na quarta-feira. A informção é que quatro caças F-16 israelenses se aproximaram da base aérea síria de Hamaimim, onde estão situadas as forças russas na Síria. O comando russo enviou dois de seus caças Su-30 para interceptar a aeronaves israelenses. Também colocou suas baterias antiaéreas S-300 e S-400 em estado de alerta.

Após o incidente com disparos, os aviões israelenses derão meia volta e, em seguida, os Su-30 retornaram à base.

Enquanto isso, o canal israelense Canal 10 disse que um avião russo se aproximou de um israelense na costa mediterrânea da Síria na semana passada, mas não houve nenhum contato entre eles.

Israel tem repetidamente violado o espaço aéreo sírio e bombardeado alvos no interior do país, lutando contra militantes apoiados desde o exterior.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu levantou a questão com o presidente russo Vladimir Putin, quando ele visitou Moscow. Anteriormente, Putin recebeu o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

No mês passado, o jornal israelense Haaretz disse que o rei Abdullah II da Jordânia tinha indicado que aviões jordanianos F-16 que apoiaram aviões israelenses protagonizaram um outro incidente com aeronaves russas na fronteira sírio-jordaniana, mas não mencionou o momento certo onde isso aconteceu.

Abdullah II fez as declarações durante uma visita ao Congresso dos EUA em 11 de janeiro.


Fonte: Almanar

Aviões russos são objeto de inveja nos EUA

 Aviões de vigilância russos mostraram suas novas capacidades nas operações aéreas no Iraque e na Síria.

avião Ilyushin Il-20 da Força Aérea russa 
 
 Segundo um analista militar, ”as impressionantes melhorias do arsenal convencional, especialmente em relação à inteligência eletrônica (ELINT) e aos recursos de guerra eletrônica, que a Rússia demonstrou na Síria “podem ser invejadas por alguns em Washington”. 

O programa de modernização e as novas capacidades do arsenal convencional russo foram uma grande surpresa para Washington.

A Rússia mobilizou dois sistemas de inteligência eletrônica e a aeronave SIGINT que “pode se tornar alvo de inveja por alguns em Washington” segundo diz Caitlin Patterson, um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. 
 SIGINT, ou inteligência de sinais, é a coleta de informações ou inteligência através da interceptação de sinais.

Um dos aviões é o Ilyushin Il-20, avião de vigilância, que tem o nome “Coot” no código da OTAN.

“O Il-20 é equipado com uma gama de sensores, antenas, sensores infravermelhos e óticos, radares meteorológicos digitais e com equipamento de partilha de dados em tempo real”- escreve Patterson.
 
Na Síria o avião executou missões de recolha de dados e de escutas das comunicações do Daesh.

O outro é o novo avião espião russo, o TU-214R. Ele é equipado com sistemas de ELINT e SIGINT.

O TU-214R pode interceptar sinais emitidos pelos sistemas inimigos (radares, aeronaves, rádio, celulares) e pode ser usado como equipamento de guerra eletrônica.

O website de acompanhamento de voos flightradar24.com tinha reportado que o avião pode ser seguido quando voa no corredor ocidental da Rússia para o Mar Cáspio e, depois, para a Síria via espaços aéreos do Irã e do Iraque.

Quando ele estava em desenvolvimento, voou da cidade de Kazan para a Crimeia, monitorizando atentamente a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia e testando o funcionamento dos seus sistemas com alvos reais. 

Ainda antes, o avião fora visto voando perto da Crimeia. O TU-214R efetuou duas voltas de 360° voando a 10.000 metros de altitude perto do Irã. 

Patterson concluiu que a Rússia investiu muito dinheiro na modernização das suas Forças Armadas, preparando o seu exército  para possíveis combates.

Fonte: sputnik

Kiev testa mísseis com capacidade de transportar ogivas nucleares

 As Forças Armadas da Ucrânia testaram novos mísseis balísticos táticos capazes de transportar uma carga nuclear.


Sistema de mísseis de curto alcance das forças armadas da Ucrânia.

 Os ensaios foram supervisionados pelo primeiro vice-secretário ucraniano da Segurança Nacional e do Conselho de Defesa, Oleg Gladkovskyi de acordo com um comunicado de imprensa emitido pela agência no dia 22 de abril.

"O Ministério da Defesa ucraniano continua trabalhando na criação de um míssil tático encomendado pelo Ministério da Defesa. O objetivo atual é melhorar os parâmetros técnicos da arma, bem como estabelecer o seu ciclo de produção fechado na Ucrânia," disse Gladkovskyi.

 Os mísseis balísticos táticos, com alcance menos de 300 quilômetros, são destinados a utilizar no campo de batalha. Estes mísseis são capazes de transportar vários tipos de ogivas, incluindo convencionais, nucleares, biológicas e químicas.