sexta-feira, 1 de abril de 2016

Exército brasileiro compromete-se a cumprir Constituição

General Villas Bôas diz que a crise que o país atravessa é política, económica e ético-moral


  O comandante do Exército do Brasil, o general Villas Bôas, garante que o exército vai cumprir a Constituição e diz que a crise que o país atravessa é política, económica e ético-moral.

  
  Numa entrevista publicada na página oficial do Exército do Brasil na internet, no âmbito da iniciativa “O Comandante responde” , o general comenta a atual crise no país afirmando que o Exército, como instituição “sólida” do Estado, é uma referência para a sociedade em momentos como o atual. 


  As pessoas olham para instituições como o Exército e aguardam “atitudes que sinalizem como sair da crise”, disse.

  “Contudo, no nosso papel, de instituição do Estado, com as atribuições perfeitamente definidas na Constituição e também nas leis complementares, vamos pautar a nossa atuação em três pilares básicos”, a estabilidade, a legalidade e a legitimidade, afiançou Villas Bôas.

  “Toda e qualquer atitude nossa será absolutamente respaldada no que os dispositivos legais estabelecem, desde a Constituição às leis complementares”, disse, acrescentando ter a certeza de que é uma questão de tempo e o Brasil terá “condições para reverter” a situação e “reencontrar o caminho de desenvolvimento” porque o Brasil tem “grandes responsabilidades internacionais”

  “Temos de colocar como foco novamente a questão nacional, o Brasil tem que reencontrar o sentido de projeto, restabelecer a sua ideologia de desenvolvimento, porque o Brasil, pela importância que tem, não encontra outra alternativa que não seja a de se transformar num país forte e uma referência na comunidade internacional”, disse.

   O Brasil atravessa uma crise política, com parte da população a exigir a demissão da Presidente, Dilma Rousseff, e outra a defender a estadista, havendo também vozes a sugerir uma intervenção militar.

   Em 1964, no seguimento de um período político conturbado e de uma crise económica, inicia-se uma crise de disciplina também na Marinha brasileira e os militares acabam por tomar o poder, em abril desse ano. O regime militar só terminou em 1985.

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