quarta-feira, 20 de abril de 2016

Kremlin: 'Ações da OTAN estão ameaçando segurança nacional da Rússia'

 As ações da OTAN representam perigo para os interesses nacionais e para a segurança do país, mas a Rússia está sempre pronta para o diálogo, mesmo que este seja difícil, disse aos jornalistas o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov.


Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo

 Mais cedo, o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg lembrou que a aliança tenciona negociar na quarta-feira (20) com a Rússia a redução dos incidentes militares, cuja necessidade é motivada pelos últimos acontecimentos no mar Báltico. A agenda final da reunião contém apenas três pontos.
 
 O primeiro é a crise na Ucrânia, inclusive a aplicação total dos Acordos de Minsk. O segundo são os assuntos relacionados com a atividade militar: a transparência e a redução dos riscos. O terceiro se refere à avaliação das condições de segurança no Afeganistão, incluindo a ameaça terrorista.
 
"As relações Rússia-OTAN, de fato, estão passando por uma falta de confiança, a qual, aparentemente, já devia estar esquecida mas que voltou depressa, bem como, creio, uma vitória da desconfiança mútua. Estamos observando ações muito pouco amigáveis da aliança no sentido da intensificação de seu potencial junto às nossas fronteiras. Consideramos que as ações da aliança representam uma ameaça para os interesses nacionais e para segurança nacional da Rússia", disse Peskov.
 
 Ele sublinhou que as últimas ações de OTAN comprovam mais uma vez que a aliança não pode se adaptar às condições contemporâneas e mantém o seu objetivo inicial, que é "conter a Federação Russa e estar em confronto com ela".

 "Nós, certamente, sempre fomos adeptos do diálogo, e, neste sentido, é claro, expressamos satisfação por esse diálogo ter uma continuação, embora possamos dizer logo que este diálogo não será fácil, porque a confiança é muito fácil de destruir, mas se recupera muito mais lentamente", acrescentou Peskov.

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