terça-feira, 26 de abril de 2016

Japão bate recorde de envio de aviões para conter China e Rússia

 Segundo a Força de Autodefesa Aérea do Japão, no ano passado foram enviados 571 caças japoneses para impedir aviões militares chineses de se aproximarem do espaço aéreo japonês no mar da China Oriental.


Uma das ilhas pequenas no mar da China Oriental conhecido como Senkaku no Japão e Diaoyu na China (foto de arquivo)

A Força de Autodefesa Aérea do Japão acompanhou a maior parte das atividades dos chineses no mar da China Oriental perto das ilhas desabitadas, conhecidas como Senkaku no Japão e Diaoyu na China, que são reclamadas por ambos os países, informou o The Japan Times. Recentemente observou-se um reforço da presença da China entre as ilhas de Okinawa e Miyako.

Mais cedo, a China expressou preocupações sobre a nova legislação na área da segurança, que permite às Forças de Autodefesa do Japão envolver-se em conflitos armados no estrangeiro, o que acontecerá pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Esperamos que a parte japonesa aprenda a lição difícil da História, siga o caminho de desenvolvimento pacífico, atue com cautela nos assuntos militares e de segurança e faça mais para reforçar a confiança mútua com os seus vizinhos e para melhorar a paz e estabilidade regional”, declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, citado pela agência Xinhua.

Algumas preocupações surgiram também em resposta às informações de que o Japão teria ligado um radar na ilha de Yonaguni, na prefeitura de Okinawa. O novo regimento das Forças de Autodefesa do Japão fica agora somente em 150 km das ilhas disputadas.

“A nova base pode ser usada como um posto permanente de coleta de dados de inteligência, bem como uma plataforma para realizar operações militares na região, além de o reforço da presença militar de Tóquio ao longo das ilhas Yaeyama, que inclui Yonaguni“, informou a Reuters.

Como a disputa entre a China e o Japão em relação às ilhas continua, a Força de Autodefesa Aérea do Japão declarou que a China está modernizando a sua Força Aérea e pretende melhorar as suas capacidades de combate. A China tem negado repetidamente que reclama ilhas com intenções militares.

Entretanto, o número de missões para conter a aviação chinesa aumentou e o número de missões para interceptar aviões russos baixou. Segundo a publicação eletrônica The Diplomat, em 2015 houve 873 missões, inclusive 288 contra aviões russos. No ano precedente, o Japão havia enviado aviões 943 vezes, inclusive 473 em resposta a incursões russas.

Fonte: Sputnik

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