segunda-feira, 23 de maio de 2016

EUA suspendem embargo de armas ao Vietnã em meio a aumento de tensão regional

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante evento em Hanói. 23/05/2016 REUTER/Luong Thai Linh/Pool
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante evento em Hanói. 23/05/2016 REUTER/Luong Thai Linh/Pool


HANÓI (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira que Washington irá suspender totalmente um embargo à venda de armas letais ao Vietnã, enfatizando o avanço nas relações entre os dois ex-inimigos em meio a um cenário de tensões crescentes com Pequim por causa do Mar do Sul da China.

Durante um almoço de Estado suntuoso em Hanói, o presidente vietnamita, Tran Dai Quang, brindou a primeira visita de Obama ao país como a chegada de uma primavera calorosa após um inverno de frio intenso.

Obama, terceiro mandatário norte-americano a visitar o Vietnã desde que os laços entre as duas nações foram reestabelecidos em 1995, fez do “reequilíbrio” estratégico com a região um dos pilares de sua política externa.

O Vietnã, onde os EUA guerrearam até 1975, se tornou uma parte essencial dessa estratégia em um pano de fundo de crescimento do poderio militar chinês e de seus clamores de soberania no Mar do Sul da China.

A decisão de encerrar o embargo de armas, que se deu após um debate intenso dentro do governo Obama, leva a crer que as preocupações dos EUA com a assertividade da China pesaram mais do que os argumentos de que o Vietnã não fez o suficiente para melhorar seu histórico de direitos humanos e que Washington irá perder a chance para pressionar por reformas.

Em uma coletiva de imprensa com Quang, Obama disse que as disputas no Mar do Sul da China deveriam ser resolvidas pacificamente, e não por quem “tem a mão mais pesada”, mas insistiu que a suspensão do embargo não tem relação com a China.

Mais tarde ele acrescentou que sua visita a um ex-rival mostrou que “os corações podem mudar e que a paz é possível”, e que a venda de armas irá depender do comitê de direitos humanos do Vietnã e será analisada caso a caso para se concretizar.

Depois de comprar 20 helicópteros por apenas USD 3 milhões (!) Ministério da Defesa argentino vai a uma fábrica checa de blindados atrás de outras pechinchas…

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Linha de produção da Excalibur, na República Checa

A ordem do governo Mauricio Macri para os militares argentinos é pechinchar.

Depois de negociar na Itália a compra de 20 helicópteros utilitários AB206, dez metralhadoras pesadas e cinco macas por apenas 3 milhões de dólares, o Secretário de Logística do Ministério da Defesa argentino, Walter Ceballos, estará, nesta terça-feira (24.05), na cidade checa de Sternberk para conhecer, na sede da empresa Excalibur, o principal centro de reforma de viaturas de transporte de pessoal da família de blindados BMP existente fora da Rússia.

A notícia é ainda mais curiosa, quando se leva em consideração que, há exatamente um ano, o mesmo Ministério da Defesa – sob o comando do então ministro (kirchnerista) Agustín Rossi – anunciou a aquisição de 110 viaturas blindadas sobre rodas Norinco VN-1, que seriam entregues a unidades de elite do Exército local.

Por enquanto não se sabe quais tipos de blindados despertam o interesse de Ceballos (talvez nem ele próprio saiba).

Comparativo – Além de mais de uma dezena de velhos modelos de IFV (Infantry Fighting Vehicles) desenvolvidos na extinta União Soviética, submetidos a modernização, a Excalibur também produz carros modernos, como o modelo Sakal BVP-M2 6×6.

O Sakal checo mede 7 m de comprimento por 3,2m de largura, e transporta 3 tripulantes e 6 passageiros (soldados da Infantaria). O VN-1 chinês tem 8 m de comprimento, 2,1 m de largura e carrega uma fração de tropa maior: 11 combatentes.

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Acima o Sakal checo; abaixo o VN-1 chinês

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Apresentado pela primeira vez na mostra internacional de Defesa IDEB 2014, na cidade eslovaca de Bratislava, o Sakal foi levado, nesse mesmo ano, à exposição francesa Eurosatory.

Planos – Nas últimas semanas, diferentes autoridades da Pasta da Defesa e da Marinha da Argentina vêm anunciando planos que denotam a preocupação do governo Macri de preservar a capacidade operacional das suas unidades em terra, mar e ar, gastando o mínimo possível – como no caso dos helicópteros comprados recentemente na Itália.

Eis algumas dessas iniciativas:

Redução do gasto com a operação dos aviões de transporte – A Força Aérea Argentina está considerando a possibilidade de investir na compra de bimotores italianos de carga C-27J Spartan, ou em aeronaves Airbus C-295 (também de dois motores), para evitar a aquisição de novos quadrimotores do tipo C-130 Hércules.

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O Spartan C-27J italiano

E isso não apenas para economizar no valor da aquisição de um Lockheed Martin C-130 (o modelo H está cotado no mercado internacional a 30,1 milhões de dólares). A ideia é evitar o custo operacional dessa aeronave.

A hora de voo de um Hércules está estimada, na média (dependendo do modelo da aeronave), em 3.500 Euros (13.800 Reais), e é considerada muito elevada para o atual estágio das finanças da Aviação Militar Argentina;

Preservação dos helicópteros Sea King, da Marinha, para a assistência às bases argentinas na Antártida – O Comandante da Marinha Argentina, vice-almirante Marcelo Eduardo Srur declarou, no mês passado, que sua Força irá “recuperar” os helicópteros S-61 Sea King da 2ª Esquadrilha Aeronaval de Helicópteros – todos com mais de 30 anos de uso – para que eles possam participar da campanha antártica 2016-2017.

Parte dessas aeronaves – dez no total, todas ex-US Navy e ex-Marines – chegou à Argentina na década de 1990; as últimas foram recebidas entre os anos de 2008 e 2009. Mas só a metade da frota está ainda em condições de voar – e assim mesmo com restrições.

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Um dos Sea Kings recebidos pela Armada Argentina nos anos de 2000

A decisão de conservá-las deriva da circunstância de que a Argentina não conseguiu financiamento (entre 20 e 30 milhões de dólares) para comprar dois helicópteros russos Mi-17.

Recuperação dos caças navais Dassault Super Étendard – O almirante Srur também anunciou a devolução ao voo dos caças navais franceses Super Étendard, recebidos da França no início da década de 1980.

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Super Étendard argentino

A deliberação de recuperar essas aeronaves, que nunca passaram por uma modernização orientada pela fabricante Dassault, pode ter a ver com a disponibilização, por parte da Marinha francesa, de suprimentos dos Étendard da versão SEM (Modernizada), estacionados na base aeronaval de Landivisiau, que serão aposentados no mês que vem.

Importação de equipamentos americanos via Foreign Military Sales (FMS) – Semana passada, os Secretários Ángel Tello e Walter Ceballos, do Ministério da Defesa argentino, negociaram em Washington, junto à Secretária-Adjunta de Defesa para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Rebecca Chávez, um maior acesso a itens das Forças Armadas americanas considerados pelo governo Barack Obama como “artigos de Defesa excedentes” (EDA na sigla em inglês).

A negociação deve suprir necessidades do Exército e da Força Aérea argentinos. Existe a expectativa de que, nesse lote de importações a serem realizadas com valores reduzidos, sejam incluídos suprimentos que permitam a recuperação de ao menos cinco células do caça A-4AR Fightinghawk.


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A-4AR Fightinghawk da Força Aérea Argentina


Atividades da Força Aérea da Rússia e da China preocupam Washington, diz general americano

Os militares estadunidenses estão preocupados com as ações das forças aéreas da Rússia e da China, disse nessa segunda (23) ao jornal USA Today o general Herbert Carlisle, chefe do Comando de Combate Aéreo da Força Aérea dos EUA.

O general Herbert Carlisle, chefe do Comando de Combate Aéreo da Força Aérea dos EUA
general Herbert Carlisle, chefe do Comando de Combate Aéreo da Força Aérea dos EUA
 
"Nossa preocupação está ligada com a Rússia emergente e a China, que é muito agressiva", afirmou o general em uma entrevista.
 
De acordo com Carlisle, os dois países estão tentando ampliar as suas esferas de influência. Moscou está tentando estabelecer o seu controle na Europa Oriental, Pequim – no mar do Sul da China. 

"O objetivo deles é impedir a nossa presença lá. Se isso acontecer, somente eles passarão a controlar parte do espaço aéreo internacional. Na minha opinião, não podemos permitir que isso aconteça ", disse Carlisle, acrescentando que " temos que continuar a operar legalmente no espaço aéreo internacional e nas águas internacionais. Também temos que continuar a tomar medidas quando eles estão agindo de forma agressiva ou insegura".
 
Segundo o jornal, as apostas são muito altas, porque qualquer colisão no ar aumenta o risco de deterioração das relações entre as potências nucleares. Carlisle assinalou que, para evitar um conflito aberto, é necessário ficar em contato permanente com os militares russos e chineses.

A situação no mar Báltico ficou mais tensa nos últimos meses. Assim, no dia 14 de abril, um caça russo, durante um voo de treinamento no mar Báltico, se aproximou de uma aeronave norte-americana.
 Além disso, Washington informou que, no dia 12 de abril, aviões russos Su-24 e helicópteros Ka-27 teriam sobrevoado “de forma agressiva” o destróier americano USS Donald Cook durante manobras na região.

Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que alguns deles, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente as reclamações da China em relação a uma série de territórios no mar do Sul da China no Tribunal Internacional do Direito do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Finalmente ele chegou! Com vocês, o Gripen E da Saab.

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Estas são as primeiras imagens do novo caça sueco, o Gripen E. Este é o primeiro protótipo (39-8), de quatro que farão a certificação da aeronave.

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 O Gripen E é a base do nosso futuro Gripen NGBr, que será fabricado no Brasil.

                  Assista o rollout do Gripen E da Saab








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 Gripen pilots reunidos. O brigadeiro Rossato está ao lado de um piloto representando a FAB.

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Saab+proudly+presenting+Gripen+E

General britânico afirma que em breve pode começar uma guerra nuclear contra a Rússia

O general britânico aposentado Sir Richard Shirreff acredita que existe uma "alta probabilidade" de a Estônia, a Letônia e a Lituânia se tornarem alvos de um ataque russo, e que os países ocidentais precisam de impedir tal catástrofe.

Explosão nuclear no Atol de Bikini 
 
 Além disso, ele não tem dúvida de que o conflito será nuclear, pois alegadamente a doutrina militar russa exige tal cenário, lê-se no The Independent. Na opinião dele, a Rússia tem a certeza de que "a OTAN é fraca" e pode justificar a sua eventual invasão pela necessidade de proteger a "minoria linguística russa" nestes países.

Sir Richard Shirreff foi Subcomandante Supremo Aliado na Europa entre 2011 e 2014. Esta semana foi publicado o livro dele intitulado "2017: a Guerra Contra a Rússia". Os eventos que ele descreve no livro são imaginados mas, de acordo com o escritor, "são bastante prováveis".

Reação da Rússia 
 
 O presidente do Comitê de Relações Exteriores da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Aleksei Pushkov, manifestou-se indignado com as palavras do general britânico sobre a "alta probabilidade" de início de uma guerra nuclear entre a Rússia e a OTAN.

"O antigo Segundo Comandante Supremo da OTAN reconheceu possibilidade de uma guerra nuclear com a Rússia dentro de um ano. Parece que só insensatos são aceitos para tais cargos", escreveu o político no seu Twitter.

A Rússia já tem várias vezes mencionado a sua preocupação com o aumento da presença militar no leste da Europa, nomeadamente por parte da OTAN, e mais precisamente — ao longo das suas fronteiras, apesar dos acordos que reconheceram tais ações como provocativas e perigosas para a estabilidade regional e global.

 

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Base Aérea de Anápolis será a maior da América do Sul

Dentro de dois anos a unidade estará entre as mais importantes do continente americano



Os investimentos do Governo Federal no setor de defesa aérea e outras vertentes da Aeronáutica vão atingir, em cheio, a Cidade de Anápolis.


É que, além da chegada dos aviões Gripem, de fabricação sueca, recentemente adquiridos e que começam a chegar em alguns meses, outros projetos e serviços já foram definidos para a implantação da Base Aérea de Anápolis. Tudo isso faz parte do chamado Plano 100, que deve ter a finalização em 2045. Estas informações foram passadas pelo Comandante da Base, Tenente Coronel Aviador Francisco Antunes Neto, durante visita que fez à Associação Comercial e Industrial de Anápolis-ACIA, na noite de quarta-feira, a convite da Diretoria da entidade.

De acordo com o oficial da FAB, há a previsão de se remodelar grande parte do sistema de aviação militar no País, com a desativação de algumas bases, o redirecionamento de estruturas de outras e a ampliação de algumas outras. É o caso da de Anápolis, que terá aumentada a sua capacidade operacional, ela que já é sede, também, do núcleo central do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) o Grupo de Defesa Aérea e outros projetos.

Radar SIVAM 

Está vindo para Anápolis, também, um esquadrão de aviões Learjet, procedente d e Recife, com especialidade em reconhecimento eletrônico e, até 2020, os supersônicos Gripen. A frota completa, de 36 aeronaves, de acordo com previsões da FAB, será definida em 2014. A previsão é de que nada menos que 70 pilotos estejam sediados em Anápolis. Mas, paralelamente a isso, outros projetos fundamentais para a ampliação da Base estarão em andamento. Dentre eles, o início do projeto denominado KC 390, destinado ao transporte de tropas.

Está definida, ainda, a transferência para Anápolis de uma unidade da Artilharia Antiaérea e de novos equipamentos. Também o efetivo da Base Aérea, hoje estimado em 1.400 homens, passará para 1.600, podendo chegar a 2.000. Outra novidade anunciada é a contratação de servidores temporários, principalmente da área técnica, com contratos de, até, oito anos, dentro da ideia de se reduzir o contingente de militares da ativa, para dois terços. Está prevista, também, a terceirização de alguns serviços e uma série de investimentos que, segundo o Comandante da Base, podem chegar aos 250 milhões de reais. Isto inclui infraestrutura, aumento dos núcleos habitacionais (vilas militares) construção de novos hangares, a instalação de um sistema de fotovoltaica (já em estado licitatório) para a geração de energia própria para a unidade, assim como outros investimentos.

Gripen NG_01

 O Tenente Coronel Francisco Antunes Neto disse, ainda, que há forte tendência de que o desembaraço dos equipamentos procedentes da Suécia, para a montagem dos aviões Gripen, seja feito pelo Porto Seco de Anápolis, o que gerará muitas divisas em termos de tributação para o Município.

FONTE: Jornal Contexto

domingo, 15 de maio de 2016

Estônia pede para que a OTAN mantenha seus pesados equipamentos militares por perto

Parceiros norte-americanos e estônios treinam em conjunto (foto de arquivo)

 O ministro estoniano da Defesa, Hannes Hanso, declarou neste domingo (15) que os pesados equipamentos militares dos aliados da OTAN devem permanecer o mais perto possível da Estônia para garantir a segurança do país contra a Rússia.

Nas palavras do ministro, os equipamento da aliança precisam permanecer não mais longe do que a mil milhas de seu país.

“Queremos que os pesados equipamentos militares dos aliados permaneçam em caráter permanente não mais distante do que a mil milhas de nós. Da nossa parte, trabalhamos juntamente com a Letônia e a Lituânia para garantir aos aliados regime um de fácil locomoção através das nossas fronteiras, bem como oferecer-lhes um excelente apoio” – disse Hanso ao discursar em Tallin durante uma conferência internacional que leva o nome do ex-presidente da Estônia Lennart Meri.
 
Nas palavras do ministro, não existem perspectivas de curto prazo para a melhora da situação com a segurança da região do Báltico. Segundo ele, a próxima reunião da OTAN em Varsóvia decidirá o possível aumento da presença de exércitos da OTAN nas suas fronteiras orientais. “Nossa região precisa de grandes exércitos dos aliados” – destacou o ministro.

 

Falta de recursos deixa 46% da frota da Marinha parada

Restrições orçamentárias afetam projetos das Forças Armadas; Jungmann afirma que custeio consome quase totalidade dos recursos

 


  O presidente em exercício Michel terá de lidar com o descontentamento nas Forças Armadas com as graves restrições orçamentárias que vêm enfrentando nos últimos anos. A Marinha está com 46% da frota parada e sem navios de escolta suficientes para dar proteção às plataformas do pré-sal. A previsão é que o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear atrase mais quatro anos, sendo concluído após 2025 – última projeção feita.

No Exército, a situação também é considerada complicada e houve necessidade de se fazer um redesenho do portfólio estratégico da Força. Os frequentes contingenciamentos exigiram redução drástica na linha de produção do blindado Guarani, que poderá levar a Iveco, fabricante do equipamento, a suspender a produção por falta de pagamento. Segundo informações, o Exército não terá recursos para pagar a empresa daqui a três meses.

guarani em movimento 


  Na Aeronáutica, não é diferente. Quase metade da frota está parada. A construção do avião cargueiro KC 390 só está em prosseguimento porque a Embraer, mesmo sem receber R$ 1,4 bilhão devido pelo governo federal, está bancando o projeto sozinha, que já sofre atraso de dois anos na sua certificação.

 “Quase a totalidade do orçamento (da pasta) hoje é consumido com custeio de pessoal, deixando em segundo plano projetos que são fundamentais para a garantia da soberania do País e para o avanço tecnológico que, apesar de serem germinados na Defesa, transbordam a Defesa e trazem benefício para todo o desenvolvimento do País”, disse ao Estado o novo ministro da Defesa, Raul Jungmann.

KC-390 

 “Precisamos criar base para ter uma previsibilidade para garantir desembolso de recursos que deem continuidade, em um ritmo adequado, dos projetos estratégicos evitando que projetos que deveriam durar cinco, seis anos, não durem 20 ou 30 anos, como estamos vendo hoje.”

Fronteiras

 Jungmann fez referência, por exemplo, ao projeto do Sistema Integrado de Monitoramento das fronteiras (Sisfron). “Ele é de importância vital para o País”, afirmou, para quem o Brasil tem de ter “um cuidado especial com suas fronteiras, especificamente com a Venezuela que hoje vive em uma instabilidade grande e que muitas vezes provoca uma migração para cá”.

O Sisfron começou a ser implantado em 2013, com prazo de conclusão de 10 anos. Só que, se for mantido o cronograma atual de repasses, ele só será finalizado em 2040, já com equipamentos obsoletos. O atraso impacta 22 empresas nacionais de alta tecnologia envolvidas no processo, com demissão de pessoal qualificado e eliminação da capacidade produtiva. Dos R$ 185 milhões que o Exército precisava, no mínimo, este ano, para dar prosseguimento ao projeto em 2016, a previsão – ainda sujeita a cortes – não chega a R$ 140 milhões.

 
 Os chamados restos a pagar do ano passado que já deveriam ter sido repassados às empresas que estão trabalhando no projeto somam R$ 236 milhões. A Marinha, cujos navios que estão operando tem idade média de 33,3 anos, também sofreu um forte baque no final de 2015, quando teve de suspender, devido a restrições orçamentárias, o projeto para controlar e vigiar a zona econômica exclusiva brasileira do Oceano Atlântico, chamado de Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz). O projeto, semelhante ao Sisfron das fronteiras, iria proteger uma área de 4,5 milhões de quilômetros quadrados do Atlântico, onde o Brasil tem imensas plataformas petrolíferas.

 No caso da Aeronáutica, a demora do governo em concluir a compra de 36 aviões de caça para atualizar a frota da Força Aérea Brasileira deixou ameaçada a capacidade do País de proteção do espaço aéreo nacional. O projeto só foi assinado em agosto passado, após se arrastar por mais de 12 anos. Outro projeto que sofre restrição orçamentária é o programa de dados, que permite o uso de comunicação por data link entre controladores de tráfego aéreo e pilotos. 

Fonte: Estado de São Paulo

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Caças dos EUA realizam “Marcha do Elefante” na Coreia do Sul

Treinamento simula manobras necessárias para um ataque em massa de emergência com jatos militares

O exercício militar na base de Osan levou 40 aeronaves para a pista (USAF)
O exercício militar na base de Osan levou 40 aeronaves para a pista (USAF)

 A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) divulgou nesta semana imagens de sua mais recente “Marcha do Elefante”. O treinamento, realizado no 9 de maio, na Coreia do Sul, envolveu dezenas de aeronaves, que foram para a pista lado a lado.

O exercício simula as manobras necessárias para um eventual ataque em massa com aeronaves militares. É uma forma de resposta rápida e efetiva, como em uma provável invasão hostil por terra ou pelo ar. A “marcha” completa envolve ainda decolagem dos aviões em formação, uma logo após a outra. É um dos maiores espetáculos da aviação.

Os aviões da USAF baseados na Coreia do Sul, no entanto, apenas taxiaram pela pista da base de Osan e voltaram para os hangares. O treinamento contou com caças F-16 “Falcon” e os aviões de ataque ao solo A-10 “Warthog”, todos de esquadrões dos EUA. A “marcha” contou com 40 aeronaves, todas armadas.


Marcha para norte-coreano ver

Treinamentos com grandes movimentações de aeronaves e equipamentos são uma mensagem de dissuasão política e demonstração de poder militar de um país. A marcha realizada pelos EUA, no caso, é endereçada a Coreia do Norte, que testou rescentemente sua primeira bomba de hidrogênio.

Os caças foram para a pista armados com mísseis de ataque aéreo e terrestre (USAF)  Todos os aviões da "marcha" operam a serviço da USAF na Coreia do Sul (USAF)  Consegue contar quantos aviões na fotos? (USAF)


Esse já é o segundo exercício desse tipo realizado pelos aviões da USAF na Coreia do Sul. Em março, foi realizada uma simulação de decolagem com formações de caças F-16, mas a noite.

A USAF também realizou uma "Marcha do Elefante" noturna em março deste ano (USAF)
A USAF também realizou uma “Marcha do Elefante” noturna em março deste ano (USAF)
 

Dilma corta orçamento para modernizar caças da FAB

Dilma corta orçamento para modernizar caças da FAB

Com a célula revitalizada, o A-1M teve sua vida útil ampliada em mais 20 anos (FAB)
Com a célula revitalizada, o A-1M teve sua vida útil ampliada em mais 20 anos (FAB)
  
Uma alteração na Lei de Orçamento para 2016, decretada pela presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (11), autorizou o deslocamento de recursos antes destinados a investimentos para a manutenção em vários órgãos do governo. A maior movimentação aconteceu no quadro da Aeronáutica: uma verba de R$ 101 milhões, antes prevista para dar continuidade ao programa de modernização do caça-bombardeiro A-1 neste ano, agora será aplicada na compra de combustível e revisão das aeronaves atuais.

Esse é mais um golpe no processo de modernização do A-1, designação militar da Força Aérea Brasileira (FAB) para o caça-bombardeiro Embraer-AMX. As novas soluções para a aeronave foram propostas em 2003 e o primeiro protótipo modernizado pela Embraer voou em 2007.

Naquela época, o programa avaliado em US$ 400 milhões previa a modernização de 43 aeronaves no período de cinco anos. Após uma série de contratempos com renegociações de contrato, a primeira aeronave, designada “A-1M”, foi entregue a Aeronáutica somente em 2013. Desde então, a FAB recebeu apenas outros dois caças AMX com a nova configuração.

Nesse mesmo tempo, a força aérea da Itália, o outro usuário do AMX (desenvolvido pela Embraer em parceria com fabricantes italianos), realizou uma modernização semelhante a proposta ao modelo brasileiro em 52 jatos de sua frota. Os italianos atualizaram seus aviões entre 2006 e 2012 e o programa custou US$ 350 milhões.

Já os investimentos nos programas de desenvolvimento do cargueiro militar Embraer KC-390 e parceria para construção do caça Saab Gripen NG, não foram prejudicados no orçamento.


A FAB recebeu apenas 3 jatos A-1M com os novos equipamentos de bordo (FAB)
A FAB recebeu apenas 3 jatos A-1M com os novos equipamentos de bordo (FAB)
Novos equipamentos do AMX

Na ativa com a FAB desde 1989, o A-1 é um avião militar versátil: pode atuar em uma variedade de missões, de caça-bombardeiro à operações de reconhecimento. No entanto, os equipamentos da aeronave da primeira geração, como sensores de busca e controles de armas, estão ultrapassados.

Na versão modernizada, o A-1M é um avião de combate melhor preparado para as ameaças modernas. O design do AMX é o mesmo, mas seu interior contém algumas das tecnologias militares mais avançadas em seu segmento.

Os equipamentos de voo são distribuídos em telas digitais e um novo sistema de geração de oxigênio para a cabine permite ao avião (e ao piloto) voar em grandes altitudes por mais tempo. O A-1M também possui um sistema mais avançado de alerta e contramedidas (flares e chaff) contra mísseis.

 

O novo radar "multi-modo" do A-1M tem alcance de até 80 km (FAB)
O novo radar “multi-modo” do A-1M tem alcance de até 80 km (FAB)

As principais alterações tecnológicas da aeronave são os novos sensores de busca por infla-vermelho e o radar “multi-modo”, que pode atuar em busca de aviões ou mapeando o terreno por onde voa. Esses equipamentos permitem ao A-1M “enxergar” até 80 km à frente e disparar suas armas com precisão.

Durante o processo de instalação dos novos equipamentos, a estrutura e asas dos caças também são completamente revitalizadas, o que aumenta a vida útil programada do avião. Os A-1M da FAB, por exemplo, tem capacidade para continuar voando até meados de 2032. Já os A-1 da primeira geração talvez não consigam seguir na ativa por tanto tempo, ao menos se o programa não for continuado.

Os caça-bombardeiros AMX fabricados pela Embraer são operados pelos esquadrões “Poker” e “Centauro”, na Base de Santa Maria (RS), e pelo esquadrão “Adelphi”, na Base de Santa Cruz (RJ).


Rússia – Trabalha o Mercado da América Latina

O mercado da América Latina representa cerca de 5% das exportações de armamentos russas e o governo de Moscou planeja aumentar esta fatia.

 Brasília — A Rússia realiza uma grande ofensiva no mercado latino-americano nas áreas aeroespacial e de defesa. Como parte deste esforço, a Irkut e a Rosoboronexport apresentaram o Yak-130 para a concorrência para um novo treinador da Força Aérea do Chile. Faz parte dos planos do fabricante integrar um radar brasileiro, o Scipio, entre as versões futuras. O equipamento, fabricado pela MECTRON, foi selecionado pela Força Aérea Brasileira para o projeto de modernização dos aviões de ataque AMX (A-1M, na nomenclatura oficial).

Graças a um Sistema de Controle de Voo (FCS) e a um sistema de comando eletrônico inovadores (Fly by Wire — FBW), o YAK-130 simula o comportamento de aeronaves de combate e de transporte pesado, o que flexibiliza a formação de pilotos e reduz a necessidade de frotas separadas para as missões, diminuindo os custos de manutenção.

Além disto, o avião pode realizar missões de ataque leve ou de vigilância de fronteira. Equipado com datalink, atende aos requerimentos de combate aos crimes transnacionais, como o tráfico de drogas e contrabando de minérios preciosos e de armas.

O portfólio completo da Rosoboronexport ´para as forças aéreas da América do Sul inclui, além do Yak-130, três aviões de caça, o MiG-29M2 e os Sukhoi Su-30 e Su-35; três helicópteros de ataque, o Kamov Ka 52 e os Mil Mi-35 e Mi-28; três helicópteros de transporte, o Kamov Ka-32 e os Mil Mi-17 e Mi-26 (o maior em operação); e leves, Kamov Ka-226 e Mil Ansatt.


Helicópteros

O assento ejetor empregado pelo helicóptero Kamov Ka-52, o único equipado com sistemas de salvamento da categoria, torna o aparelho em uma atração à parte. O sistema desconecta as asas rotativas dos rotores e rompe a proteção blindada do canopy antes de ejetar a tripulação, que se aloja lado a lado na cabine de combate.

A empresa destaca o desempenho dos helicópteros em missões de combate reais. Os três modelos de ataque fabricados pela Federação Russa — os Mil Mi-24 e 35 e o Kamov Ka-52 — foram peças fundamentais para os bons resultados da intervenção de Moscou a favor do governo sírio.

Helicóptero de ataque noturno Mi-28

 No Brasil, a Aviação do Exército prepara um estudo para reformular sua frota. Em lugar de um helicóptero dedicado de ataque, pode ser adotado um modelo de transporte armado. O Mil Mi-17 responde este requerimento com perfeição. Pode carregar 36 soldados armados, pequenas viaturas, artilharia de 105 mm e conta com quatro pontos para carregar foguetes, mísseis e canhões.

O Exército Colombiano emprega seus Mi-8 e Mi-171 como plataforma para mísseis israelenses Spike, guiados a laser, que possuem um alcance de 20 km. Na conferência também foi destacado o grande impacto operacional que a introdução dos Mil Mi-26, o maior helicóptero existente, capaz de transportar cargas de até 20 toneladas, poderia trazer no apoio às atividades de defesa civil, militares, petroleiras e de mineração.

Mi-171 em uso pela Colômbia, Venezuela, Peru e possivelmente em negociação com a Argentina.

A imprensa argentina informa que está em negociação a aquisição de dois Mi-171 para operação na antártica. Operariam com outros dois que os argentinos já operam na região.

No combate a incêndios, chama atenção a capacidade do Ka-32. Trata-se do único helicóptero dotado de um canhão de água frontal que permite seu uso em ambiente urbano. Os produtos da Kamov adotam rotores contrarrotativos colocados verticalmente, o que torna a fuselagem mais compacta, amplia a capacidade de carga e reduz as dimensões do aparelho.

A concepção do Kamov Ka-226 é peculiar. O projeto é modular e containers especiais para cada missão podem ser acoplados à cabine de pilotagem.

 
Caças

A reconhecida maneabilidade dos caças da Sukhoi é um dos pontos de destaque da carteira da Rosoboronexport para a América Latina. O Su-30 é uma estrela dos shows aéreos, com incrível controle horizontal e vertical. Os aparelhos da família iniciada pelo Sukhoi 27 são os únicos capazes de realizar o Cobra Pugachev, na qual o avião se recupera depois de se manter parado no ar com o nariz apontando para trás em um ângulo vertical de 120 graus.

Mig-35 as empresas russas procurar revitalizar a empresa MiG no mercado internacional.


Empregando um radar de varredura eletrônica passiva ele consegue engajar 15 alvos simultaneamente com solução de tiro para oito disparos imediatos. O radar tem uma abertura de 120 graus em todas as posições com um alcance de 400 km para um alvo de 1 m². A carga total é de 8 mil quilos distribuídos em 12 pontos fixos nas asas e fuselagem.

São capacidades impressionantes, mas o Su-35 consegue superá-las. Ele pode controlar 30 alvos inimigos simultaneamente, engajando oito imediatamente. Os dois aviões conseguem operar confortavelmente a 3 mil quilômetros de suas bases sem reabastecimento em voo.

O top Sukhoi Su-35. Na espera do T50 o caça Su-35 é o mais avançado do arsenal russo.


 A Rosoboronexport também apresentou ao mercado latino-americano o MiG-29M2, uma alternativa menos sofisticada que os aparelhos da linha Sukhoi, mas com um radar capaz de acompanhar dez alvos e engajar quatro simultaneamente. A capacidade de carga atinge 6 mil quilos distribuídos em nove pontos fixos.

YAK-130 oferecido como treinador avançado à Força Aérea do Chile, FACh, Na oferta consta a adoção do radar Scipio fabricado pela MECTRON para o AMX A-1M.

 Todos os modelos foram concebidos para um ambiente de rede, com datalinks alimentados por aeronaves de alerta antecipado, estações terrestres e de outros aviões de combate, permitindo que parte da formação fique sem emitir recebendo sinais da aeronave líder. Outra característica importante é a capacidade de acompanhar e de engajar, simultaneamente, alvos aéreos e terrestres.



Mercado civil

Para o público civil, a Irkut e a Sukhoi apresentam o MC-21 e o Sukhoi Superjet 100 (SSJ-100). O MC-21, que se encontra em fase final de montagem, será o primeiro avião russo a empregar superfícies alares totalmente construídas em material composto. Em configuração narrow body de um corredor, a ideia é fabricá-lo em duas versões, capazes de levar até 211 passageiros na versão principal e 173 na de fuselagem reduzida. O aparelho entraria em competição direta com a família 737 da Boeing e cobriria um vazio surgido com a retirada de produção da família 757.

Il-76 atualmente em um extenso processo d modernização. Será um competidor duro ao EMBRAER KC-390
 
 A Sukhoi, por sua vez, mostra como trunfo os bons resultados da operação do SSJ-100 pela empresa mexicana Interjet. O aparelho, que concorre na faixa do Embraer E-190, conseguiu acumular uma excelente folha de serviços nos 30 meses de operação no país latino-americano. A frota, com 20 unidades, acumulou 53 mil horas de voo e apresentou um índice de disponibilidade de 99%.



Mísseis e satélites

A Almaz-Antey pretende colocar uma extensa gama de produtos. A oferta inclui centros de controle de voo civil automatizados e complexos antiaéreos. Entre os equipamentos antiaéreos se encontram armas veteranas, mas inteiramente válidas no ambiente de guerra moderno, como o OSA AKM-1 (responsável pela maioria dos alvos abatidos pelos rebeldes na guerra civil da Ucrânia), Tunguska M1 e o BUK-M2E. O protfólio também inclui sistemas de primeiríssima linha, como o TOR M2 e o S-400 Triumph, superiores aos concorrentes ocidentais. Estes equipamentos, empregados em conjunto, montam uma cúpula de proteção entre as altitudes de 12 a 30 mil metros. O alcance vai de cinco a 325 quilômetros.

Entre as ofertas russas à América Latina se encontram sistemas de radar contra aviões furtivos. O complexo 55Zh6ME

A organização Reshetnev, complexo criado com a união de todas as empresas que ofereciam serviços de satélite, oferece nove constelações de posicionamento global (Glonass) e de comunicação foram apresentadas ao público, uma delas formada por microssatélites para comunicação pessoal.
  



quinta-feira, 5 de maio de 2016

Helicópteros de ataque: Veja quanto custa comprar 24 Kiowa Warrior usados com suas armas (oferecida ao EB em 2014, essa aeronave foi rejeitada)

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O OH-58D é mais uma aeronave de escolta que, propriamente, de ataque

O país comprador é a Tunísia, mas isso é o menos importante.

O objetivo desse texto é mostrar os valores que vêm sendo praticados no mercado de helicópteros militares usados.

Os militares tunisinos receberão 24 exemplares de segunda mão da aeronave Bell OH-58D Kiowa Warrior, de escolta e ataque leve ao solo.

O modelo foi largamente empregado pelo Exército americano no Kuait e no Iraque em 1992.




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A sequência mostra Kiowas do Exército americano no ambiente hostil do Iraque e, em baixo, no inverno do Afeganistão


 Esses helicópteros também foram oferecidos, em 2014, aos exércitos do Brasil e da Argentina. Os argentinos manifestaram interesse nas aeronaves; o Comando da Aviação do Exército brasileiro (CAVEx) dispensou-as, sob o argumento – demasiadamente rígido para uma força terrestre de recursos tão escassos – de que não se tratava, propriamente, de helicópteros de ataque, e sim de aeronaves artilhadas, adaptadas à missão de ataque.


Terrorismo – A venda ao governo de Túnis foi anunciada, nesta terça-feira (03.05), pela Agência de Cooperação para a Segurança e a Defesa (DSCA, na sigla em inglês) do governo dos Estados Unidos.

Em sua justificativa para aprovar essa operação, a DSCA informou que os Kiowa serão empregadas pela Força Aérea Tunisina para conduzir operações de Segurança em fronteiras, incluindo ações militares contra o braço da Al Qaeda no Maghreb Islâmico (AQIM, na sigla em inglês), contra redutos do Estado Islâmico na Líbia e contra o grupo terrorista Ansar al-Aharia Tunisia (AAS-T).

O valor total da operação com os militares tunisinos é de 100,8 milhões de dólares.

Lista – O pacote inclui:

Aeronaves:

– 24 aparelhos tipo Kiowa Warrior, listados como itens do Programa de Artigos de Defesa Excedentes (Excess Defence Articles), dotados de sistemas de navegação (incluindo navegação inercial/GPS) e de comunicações, além de 50 pares de óculos de visão noturna AN/AVS-6;

Sistemas de autodefesa:

– Cada helicóptero estará dotado de um Sistema AN/AAR-57, de alerta contra a aproximação de mísseis (CMWS), que inclui cartuchos de chaffs tipo A965M1, e munição de contramedidas eletrônicas avançadas tipo flare M211 e M212;

Armamento:

– 10 mísseis ar-solo Lockheed Martin AGM-114R Hellfire;

– 06 lançadores M279A1;

– 82 sistemas de guiagem a laser tipo Advanced Precision Kill Weapon System (APKWS), dotadas de ogivas de alto explosivo tipo M152, fabricadas pela BAE Systems americana;

– 01 metralhadora pesada Gatling modelo Dillon M134, de seis canos e elevada cadência de tiro, calibre 7,62 mm por helicóptero (24 armas no total);

– 01 metralhadora Herstal M3P, calibre 12,7 mm, acompanhada de meio milhão de cartuchos por helicóptero (24 armas no total);

– 02 lançadores de foguetes modelo M260, calibre 70 mm, por helicóptero (48 no total);

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O Kiowa Warrior em uma de suas configurações de armamento

 Serviços:

– Treinamento para as tripulações; e

– Documentação técnica.

 O programa de transferência das aeronaves e sua prontificação operacional na Tunísia exigirá o empenho de cerca de dez funcionários do governo americano e 15 representantes do Ministério da Defesa tunisino por, aproximadamente, cinco anos, especialmente nas áreas de treinamento de pessoal e de montagem da infraestrutura de manutenção.

Canadá, Austria, Arábia Saudita, Taiwan, República Dominicana e Australiana utilizam o Kiowa Warrior.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

OTAN: comandante Breedlove defende foco na ameaça da Rússia




Os EUA têm poucos recursos de inteligência voltados para a ameaça da Rússia e deve concentrar as suas capacidades técnicas no poderio militar crescente de Moscou, disse o principal comandante militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Philip Breedlove.

Os EUA começaram a aumentar o número de analistas de inteligência avaliando a Rússia, que chegou a 13 mil no auge da Guerra Fria e depois caiu para o patamar mínimo de 1 mil há três anos, disse Breedlove, em entrevista.

Breedlove afirmou que os EUA precisam de recursos de inteligência mais técnicos, do tipo de satélites espiões que o país usa para monitorar tanto movimentos de tropas quanto campos de treinamento de terroristas, com foco na ameaça da Rússia. "Vemos que a Rússia não aceitou a mão de parceria, mas escolheu um caminho de beligerância", disse o general Breedlove. "Precisamos rever para onde estamos indo."

O general vai deixar o cargo este mês, após três anos na principal posição militar na OTAN, um período em que supervisionou a transformação da aliança do foco em capacidades expedicionárias, como no Afeganistão, para a defesa da Europa ante a agressão da Rússia. Esta semana, o general Breedlove será sucedido pelo general Curtis Scaparrotti, o atual comandante das Forças dos EUA na Coreia e um ex-comandante sênior no Afeganistão.

"Nós não estávamos focados em Rússia quando cheguei há três anos porque ainda estávamos tentando lançar um paradigma que levasse a Rússia para o conjunto de valores ocidentais", disse Breedlove. "A Rússia escolheu um caminho diferente ou eles já estavam nesse caminho e nós não reconhecemos isso."

Autoridades russas disseram repetidas vezes que é a Otan e os EUA que têm sido os agressores, ao expandir a aliança para as fronteiras da Rússia e militarizar a região do Báltico. 

 Fonte: Dow Jones Newswires.

Centro de Lançamento Barreira do Inferno sedia Operação Astros do Exército Brasileiro

Um dos objetivos é testar e desenvolver as tecnologias de interesse da Defesa Nacional
Foto: CLBI
 O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado em Parnamirim (RN), sediou a segunda fase da Operação ASTROS 2020/2016, no período de 25 a 28 de abril. A operação está prevista no cronograma de desenvolvimento de sistemas e equipamentos em desenvolvimento da empresa brasileira AVIBRAS, dentro do Projeto Estratégico do Exército Brasileiro ASTROS 2020 (PEE ASTROS 2020).
O Centro Tecnológico do Exército Brasileiro (CTEX), responsável por buscar o domínio e o desenvolvimento de tecnologias de interesse da Defesa Nacional, acompanhou os ensaios e testes que permitem avaliar elevação de performance e desempenho do conjunto de equipamentos e sistemas que compõem os produtos de defesa sob execução da empresa contratada AVIBRAS. “O apoio e a capacidade operacional do CLBI são fatores importantes para que a empresa integradora do projeto possa, com segurança, dar prosseguimento às pesquisas e ao desenvolvimento tecnológico que possibilitará à Força Terrestre contribuir com a dissuasão extrarregional para a defesa do Brasil”, declarou o Gerente do Projeto Estratégico pelo Exército Brasileiro, General de Brigada José Júlio Dias Barreto.

Foto: CLBI
Essa fase da operação contou com a participação da Marinha do Brasil, por meio do 3° Distrito Naval, que levou os Navios Patrulha Goiana e Graúna, além do Rebocador de Alto Mar Triunfo, lotados na Base Naval de Natal. Eles auxiliaram na vigilância e remoção das embarcações nas proximidades dos possíveis impactos dos artefatos lançados, o que promoveu um desempenho diferenciado na cadência de lançamentos.

De acordo com o Vice-Presidente da AVIBRAS, Flávio Cunha, o CLBI é o cenário ideal para o exercício das equipagens do PEE ASTROS 2020. “O incondicional profissionalismo, amparado pela capacidade técnica dos servidores do CLBI, aliado às condições de segurança, facilidade logística e disponibilidade de meios operacionais são elementos balizadores para o sucesso da parceria bem como das operações”, avaliou.

Foto: CLBI
 A primeira fase foi realizada no período de 22 a 26 de fevereiro e há a previsão de mais duas fases ainda este ano. O Diretor do CLBI, Coronel Aviador Paulo Junzo Hirasawa, destacou a importância da parceria com a AVIBRAS. “Inserida no calendário operacional do CLBI, a Operação ASTROS 2020, que se encontra na décima terceira fase e com planejamento de operações até, no mínimo, dezembro de 2018, faz com que a cadência de atividades operacionais se torne mais elevada, proporcionando uma contínua e adequada capacitação de recursos humanos e materiais para campanhas de veículos espaciais, atividade-fim da unidade, pois são envolvidos todos os meios de preparação, lançamento e rastreio, similar a uma operação de lançamento de foguetes suborbitais”, afirmou.


Exército Brasileiro realiza Operação AZOTO




 No preparativos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, o Exército Brasileiro iniciou ontem a Operação AZOTO, que ocorre simultaneamente em 15 estados brasileiros.

 Coordenada pelo Comando Logístico (COLOG), por intermédio da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), ela acontece no ambiente interagências e tem por objetivo cooperar com as ações preparatórias para o grande evento com finalidade de fiscalizar o controle da produção, armazenamento, comercialização, transporte e utilização do Nitrato de Amônio (NH4NO3), produto utilizado como matéria-prima para explosivos, atividade realizada com as adaptações necessárias designadas pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC).


O Azoto ou Nitrato de Amônio pode ser usado para fabricar dispositivos explosivos improvisados.

 A operação será desencadeada pelas equipes de Fiscalização de Produtos Controlados, integrantes do Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados (SisFPC), no exercício do Poder de Polícia Administrativa, Assistência Jurídica e Operações de Informações, além dos Órgãos de Segurança e Ordem Pública (OSOP) e agências governamentais dos estados envolvidos. Todo o trabalho realizado visa garantir a segurança das pessoas e do patrimônio e prevenção contra ilícitos que possam afetar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

 Além de matéria-prima para explosivos, o nitrato de amônio (NH4NO3) também compõe a cadeia de produção  de fertilizantes agrícolas. Sua inclusão no foco da operação de Fiscalização de Produtos Controlados é justificada pelo fato de ter havido registro em outros países de explosões acidentais (em depósito) e intencionais (por terroristas) desse produto químico.

O voo inaugural do helicóptero Ka-62

O Ka-62 incorpora tecnologias de ponta da área de asas rotativas.

O protótipo identificado por OP-1 do helicóptero russo multifuncional médio Ka-62 decolou pela primeira vez na última semana O voo inaugural aconteceu nas instalações da companhia Progress Arsenyev, pertencente à Russian Helicopters, e que é parte do conglomerado russo Rostec. De acordo com a companhia, a primeira ascensão vertical, modo que faz parte do conjunto de testes de voo, foi bem sucedida.

O Ka-62 OP-1 será empregado para avaliar todas as performances da aeronave e provar o seu principal sistema de potencia e avionica. Na ocasião o helicóptero foi operado por pilotos do Kamov Bureau Design, principal desenvolvedora do modelo. Ensaios em solo incluindo taxiamento em velocidades varidas antecederam a primeira decolagem.

Alexander Mikheev, CEO da Russian Helicopters, avaliou o evento como muito significativo para a companhia. Mikheev disse que o Ka-62 complementará as versões civis dos conhecidos e bastante produzidos para o mundo helicópteros Mi-8/17 e atenderá à demanda do nicho de helicópteros da classe de peso de decolagem entre 6 e 7 toneladas.

Conforme a Russian Helicopters, o Ka-62 foi desenvolvido para um amplo leque de tarefas, entre elas, transporte de passageiros, operações de salvamento e atividades na área de óleo e gás. Dotado de cabine espaçosa e confortável, a aeronave é ideal para operações corporativas. A fabricante afirma que a elevada  razão potencia/peso do Ka-62 permite seu emprego em climas quentes e acima d’agua.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Embraer apresenta resultados do 1º trimestre

 



 O Grupo Embraer divulgou o balanço dos resultados obtidos no 1º trimestre de 2016. A seguir reproduzimos os principais destaques e um panorama das atividades da divisão de Defesa & Segurança (EDS) da corporação.

Em fevereiro de 2016 o jato Phenom 100 foi selecionado para realizar o treinamento dos pilotos das forças armadas do Reino Unido em aeronaves multimotor. O contrato assinado com a Affinity Flight Training Services prevê a aquisição de cinco aeronaves para o programa Military Flight Training System (MFTS), do Ministério da Defesa do Reino Unido. O contrato também inclui um pacote de serviços e opções para aeronaves adicionais.

Contrato com a Affinity Flight Training Services prevê cinco Phenom 100 para o programa MFTS (Imagem: Embraer)

 No programa KC-390, a segunda aeronave protótipo saiu da linha de montagem e iniciou a campanha de ensaios em solo, com o primeiro voo programado para o segundo trimestre de 2016. Durante a FIDAE, no Chile, foi anunciada a escolha da empresa alemã Rheinmetall Defence Electronics and Training para desenvolver e entregar dispositivos de treinamento para a aeronave.
Segundo protótipo do KC-390 fara voo inaugural neste trimestre. (Imagem: Agência Força Aérea)

  O Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), cuja integração está sob responsabilidade da Visiona Tecnologia Espacial, continua com o seu cronograma, bem como todas as entregas contratuais, aderente ao planejado. A plataforma do satélite encontra-se na câmara termo vácuo para teste ambiental, as duas antenas de 13 metros foram instaladas em Brasília e Rio de Janeiro e o sistema de solo está em fase final de instalação e validação em Brasília.


O SDGC deve ser colocado em órbita no início de 2017 (Imagem: Embraer)






Recentemente, a Visiona lançou o serviço de fornecimento e análise de imagens de satélites, por meio de uma constelação de 22 satélites, com o objetivo de desenvolver grandes projetos de sensoriamento remoto no Brasil e países vizinhos. Em 2016, a Visiona já celebrou seis contratos. A Savis Tecnologias e Sistemas realizou, em fevereiro de 2016, em conjunto com o Exército Brasileiro, um evento de demonstração de capacidades do SISFRON, com a presença do Ministro de Estado da Defesa, para uma comitiva composta por Embaixadores de Países Árabes (Palestina, Catar, Líbano, Kuait, Tunísia, Líbia, Mauritânia, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Egito, Sudão, Iraque, Liga Árabe, Marrocos e Jordânia). O evento foi realizado em Dourados/MS e contou também com a participação do governador do Mato Grosso do Sul e de outras autoridades governamentais e civis.

Com relação ao Programa F-39 Gripen NG, da Força Aérea Brasileira, já há 47 engenheiros da Embraer D&S na Suécia participando do processo de transferência de tecnologia assim como os sete enviados pela Atech. O Centro de Projeto e Desenvolvimento do Gripen NG encontra-se em construção em Gavião Peixoto (SP), com a previsão de estar operacional ainda em 2016.



Grupo de 47 engenheiros da Embraer D&S já trabalham no Gripen NG (Imagem: Saab)



Com relação à área de serviços e suporte, a Embraer fechou contratos com a Affinity para suporte logístico de pós-garantia para aeronaves Phenom 100, com a empresa Urban Group para a revitalização do interior do Legacy 600 e com Burkina Faso para suporte a frota dos Super Tucanos daquele país.

Em março, a Bradar assinou um contrato com a Marinha do Brasil para o desenvolvimento do protótipo operacional do radar GAIVOTA-S.

No 1T16, a Atech assinou três termos aditivos: um para cinco Centros de Controle de Rotas em São Paulo, Rio de Janeiro, Atlântico, Recife e Curitiba; e outro para o Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA); e o terceiro relacionado ao Programa H-XBR. A Atech também concluiu a instalação e os testes de aceitação do sistema de controle de tráfego aéreo SAGITÁRIO no Centro de Aproximação de São Paulo e a instalação do hardware do novo sistema AMHS. Ambos os sistemas devem estar em operação para suporte aos Jogos Olímpicos.

Ainda em março, a Embraer anunciou que vai consolidar as operações das empresas afiliadas Savis Tecnologia e Sistemas S.A. e Bradar Indústria S.A.. A decisão tem como objetivo aumentar a geração de valor para os funcionários, clientes e acionistas. A união da competência as duas empresas permitirá oferecer soluções integradas com grande potencial para os mercados nacional e externo, contribuindo para o processo de diversificação da base de clientes da Embraer Defesa & Segurança e da ampliação do portfólio de produtos e serviços.