Os militares estadunidenses estão preocupados com as ações das forças aéreas da Rússia e da China, disse nessa segunda (23) ao jornal USA Today o general Herbert Carlisle, chefe do Comando de Combate Aéreo da Força Aérea dos EUA.
general Herbert Carlisle, chefe do Comando de Combate Aéreo da Força Aérea dos EUA |
"Nossa preocupação está ligada com a Rússia emergente e a China, que é muito agressiva", afirmou o general em uma entrevista.
De acordo com Carlisle, os dois países estão tentando ampliar as suas
esferas de influência. Moscou está tentando estabelecer o seu controle
na Europa Oriental, Pequim – no mar do Sul da China.
"O objetivo deles é impedir a nossa presença lá. Se isso acontecer,
somente eles passarão a controlar parte do espaço aéreo internacional.
Na minha opinião, não podemos permitir que isso aconteça ", disse
Carlisle, acrescentando que " temos que continuar a operar legalmente no
espaço aéreo internacional e nas águas internacionais. Também temos que
continuar a tomar medidas quando eles estão agindo de forma agressiva
ou insegura".
Segundo o jornal, as apostas são muito altas, porque qualquer colisão no
ar aumenta o risco de deterioração das relações entre as potências
nucleares. Carlisle assinalou que, para evitar um conflito aberto, é
necessário ficar em contato permanente com os militares russos e
chineses.
A situação no mar Báltico ficou mais tensa nos últimos meses. Assim, no
dia 14 de abril, um caça russo, durante um voo de treinamento no mar
Báltico, se aproximou de uma aeronave norte-americana.
Além disso, Washington informou que, no dia 12 de abril, aviões
russos Su-24 e helicópteros Ka-27 teriam sobrevoado “de forma agressiva”
o destróier americano USS Donald Cook durante manobras na região.
Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm
desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do
Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que alguns
deles, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA,
escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram
unilateralmente as reclamações da China em relação a uma série de
territórios no mar do Sul da China no Tribunal Internacional do Direito
do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no
âmbito jurídico internacional.
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